O início do ano lectivo 2023/2024, que se dá entre esta terça-feira, dia 12 de setembro, e sexta-feira, 15 de setembro, está a ser marcado por protestos e pela falta de docentes em várias escolas do país.
As organizações sindicais já têm no calendário greves ao sobretrabalho, às horas extraordinárias e à componente não letiva de estabelecimento. Estão ainda previstas greves nacionais, afixação de faixas nas escolas e uma manifestação. O líder da Fenprof, num recente encontro com dirigentes sindicais, sublinhou a determinação dos professores em continuar a luta.
A escassez de professores é uma realidade que volta a assombrar o início do ano letivo. Estima-se que cerca de 80 mil alunos estejam sem docente em pelo menos uma disciplina. As escolas enfrentam o desafio de completar horários, com mais de mil por preencher. As regiões mais afetadas são a zona sul e a área de Lisboa e Vale do Tejo. As disciplinas mais afetadas pela falta de docentes são Português, Matemática e Informática.
A situação é ainda agravada pelas aposentações. Nos primeiros dois meses deste ano lectivo, prevê-se que 726 docentes se reformem, e até ao final do ano, esse número pode chegar aos três mil.