Assembleia Municipal da Maia rejeitou separação de Nogueira e Silva Escura, com 23 votos contra, 13 a favor e sete abstenções.
Segundo a proposta de desagregação apresentada, pretendia-se demonstrar os prejuízos causados às populações pela agregação desses territórios numa única unidade territorial. O documento afirmava que a criação da Freguesia de Nogueira e Silva Escura foi um erro manifesto, que prejudicou gravemente as populações, e que as dificuldades sentidas comprovavam que os receios expressos na época da agregação eram justificados.
A proposta tinha sido aprovada pela Assembleia de Freguesia em outubro, mas foi rejeitada pela Assembleia Municipal a meio de dezembro, com 21 votos contrários de deputados da coligação Maia em Primeiro (PSD/CDS) e um voto cada do PAN e do IL, contra 13 votos favoráveis do PS, BE e CDU. Existiram ainda abstenções, incluindo três do PS e três da coligação Maia em Primeiro.
A coligação Maia em Primeiro na Assembleia Municipal criticou a Lei de desagregação de freguesias, afirmando que ela “perturba durante dois anos a atividade das Juntas de Freguesia; tira o foco do seu serviço público; cria instabilidade e incerteza no quadro de pessoal” e é “manifestamente insuficiente”. A maioria referiu o parecer negativo do Executivo Municipal sobre a proposta de desagregação das Freguesias de Nogueira e Silva Escura, salientando que o processo de desagregação foi “pouco participado” e não teve apoio dos eleitos dos partidos representados na Assembleia de Freguesia. Além disso, PSD e CDS apontaram que não existe um estudo que apoie a iniciativa e que a desagregação pode aumentar as assimetrias do território.
Também a Câmara Municipal emitiu um parecer negativo sobre a desagregação, argumentando que não há informações suficientes para demonstrar os “erros manifestos e excecionais” cometidos com a agregação das freguesias e os “prejuízos concretos” causados à população. No entanto, a maioria PSD deixou a porta aberta para uma nova avaliação do assunto, se for essa a vontade da população.