Em mais um protesto contra as emissões de gases de estufa provenientes da aviação, uma ativista do grupo Climáximo colou-se esta manhã a uma porta de um avião da TAP no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, que se preparava para seguir viagem para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia.
O grupo acusa o Governo e o setor da aviação de serem responsáveis pela morte de milhares de pessoas devido aos voos que consideram “inúteis”. Argumentam ainda que existem alternativas mais sustentáveis, rápidas e baratas para esta ligação, como é mencionado no comunicado enviado às redações.
No comunicado emitido, o grupo Climáximo refere: “Colamo-nos a um avião Lisboa-Porto. O governo e a indústria da aviação estão a matar descaradamente todos os dias milhares de pessoas com voos inúteis. O governo não só continua a atirar gasolina para a fogueira, como ainda atira areia para os nossos olhos. Em Portugal, há hoje menos ferrovia que no século passado, e encerraram-se mais de 100 estações quando nós precisamos de transportes públicos renováveis, gratuitos e de qualidade. Eles não têm qualquer plano para garantir a nossa sobrevivência. Se estamos entregues a governantes que conscientemente condenam milhares à morte, temos o dever de resistir.”
Uma ativista do Climáximo colou-se a um avião que ia fazer o voo Lisboa-Porto com o objetivo de acusar o governo e a indústria da aviação de estarem a matar descaradamente todos os dias milhares de pessoas com voos inúteis. Saiba tudo aqui⬇️https://t.co/4c6VbPCkGf pic.twitter.com/psmeK1kTOY
— SAPO 24 (@24sapo) October 18, 2023
Uma segunda ativista tentou também aderir à ação, mas não conseguiu concretizar o seu intento, segundo informações avançadas pelo coletivo ao Jornal de Notícias.
Este protesto insere-se numa série de ações realizadas pelo Climáximo neste mês, onde afirmam que “o Governo e as empresas emissoras declararam guerra”, criticando a alegada inércia perante a crise climática.