Adelino Miguel Reis, presidente da Câmara Municipal de Espinho, renunciou ao mandato após ter sido detido por suspeitas de corrupção. A informação foi confirmada esta quinta-feira pelo JN.
Ao que o JN apurou, a decisão do autarca, no âmbito da Operação Vórtex, foi tomada como uma tentativa de evitar a prisão preventiva, tendo em conta que o Ministério Público invocou a existência de perigo de continuidade da atividade criminosa e de perturbação de inquérito.
Recorde-se que Miguel Reis é suspeito da alegada prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências. Juntamente com o Presidente da Câmara de Espinho foi detido um funcionário da autarquia e três empresários de construção civil.
Segundo fonte ligada ao processo, a audição dos arguidos aconteceu por volta das 14 horas desta quinta-feira, contudo ainda “não há certezas” de que as medidas de coação fiquem a ser conhecidas.
Em comunicado, na terça-feira, 10 de janeiro, dia em que os cinco arguidos foram detidos, a PJ explicou que a Operação Vórtex “versa sobre projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos”.