Autor: Joao Loureiro
Não há donos do poder. Desengane-se quem acha que pertencemos a uma geração em que bastam uns títulos no Facebook e algum spin para formar opiniões. Desengane-se quem acha que pode ser líder quando não inspira confiança, como produto fabricado pelo sistema, sem qualquer tipo de empatia, sendo artificial e frio. No espírito democrático que caracteriza a estrutura da juventude social democrata, decorreram no passado dia 4 de Novembro as eleições que escolheram os delegados ao congresso distrital da JSD Distrital do Porto. Opuseram-se duas listas com visões diferentes sobre o que é fazer política com jovens e para jovens.…
Em cada dia que passou depois das eleições legislativas, a fronteira vermelha da decência política foi constantemente redesenhada, sendo levada além daqueles que anteriormente eram tidos como sendo os fios condutores da democracia pelos quais sempre se seguiu o poder. Pondo de lado as inclinações ideológicas de cada um, está na hora de criticar conscientemente e à luz do interesse nacional o que se está a passar no Parlamento e no silêncio dos seus gabinetes. O espectro político parlamentar Português nunca foi tão curto e as posições nunca estiveram tão polarizadas. A casa da democracia aparenta-se com uma casa de…
Os últimos quatro anos foram maus. Pior mesmo, só tudo o resto. A menos de um mês das eleições, o debate entre os principais candidatos às nossas legislativas centra-se, como nunca anteriormente, nas niquices da governação, nas minúcias da economia e na fina grosseria da demagogia. Os “elefantes” encavalitam-se revoltos na sala sem que uma qualquer alma compassiva os liberte na corrente mediática que até hoje os ignora. Assim, com um brando e ténue “olhar para o lado”, com um semblante bastante comprometido e de sorriso gemado, Portugal continuará a fazer o que até hoje tem feito. Até que uma…
Serão marcianos ou apenas lunáticos? É o PS meus senhores e tudo vai mal no Largo do Rato. Quando aparentemente a nave já bateu no fundo, eis que a proa volta a baixar iterando a cada dia um novo naufrágio mediático. Tem sido assim desde que António Costa tomou a liderança socialista de assalto, qual versão Shakespeariana de Brutos a apunhalar César. Essa manobra fratricida não caiu bem em certas hostes socialistas, muito menos foi perdoada pelo eleitorado. Era um prenúncio de que Costa estava e está disposto a tudo para chegar a primeiro-ministro, nem que para tal tenha de…
“Foge cão que te fazem barão. Para onde se me fazem visconde?”. Já no tempo de Almeida Garrett se entranhava no ser português esta cultura tresloucada de disseminar títulos por encargo ou por promiscuidade com o poder. Volvidos dois séculos, já na era Cavaco Silva, eram até ontem 1109 as condecorações concedidas, distribuídas entre Antigas Ordens Militares, Ordens Nacionais e Ordens de Mérito Civil. Serão estes “aqueles que por obras valerosas se vão da lei da morte libertando”? Por feição da história acredito que o critério esteja hoje mais estreito. Afinal, em tempos idos, Mário Soares agraciou 2505 em 10…