Caso do falecimento de uma aluna de 7 anos em escola da Maia. Autoridade de Saúde está a acompanhar e garante que é ocorrência isolada, não se justificando medidas adicionais.
A Autoridade de Saúde ACES Maia/Valongo informou a comunidade escolar do Centro Escolar da Gandra, em documento assinado pelo delegado de saúde, Luís Castro, que se “trata de um caso isolado de doença infeciosa, causada por uma bactéria que raramente causa doença humana com esta gravidade”, não tendo sido observados “outros casos da mesma doença”. Acrescenta no mesmo comunicado que “as medidas recomendáveis foram já divulgadas à comunidade escolar no dia 16 de novembro de 2017 e são as medidas gerais de higiene alimentar e pessoal indicadas para a prevenção das doenças transmissíveis por via alimentar”. Garante assim, que “não se justificam medidas adicionais, não havendo motivos para a interrupção das normais atividades escolares nem do funcionamento da cantina escolar”.
O caso
Na passada quarta-feira, dia 15 de novembro, faleceu uma aluna de 7 anos, do Agrupamento de Escolas de Águas Santas, vítima de doença infecciosa, que se adquire, “principalmente, através da ingestão de alimentos ou água contaminados, sendo também possível a transmissão pessoa a pessoa (fecal-oral)”, segundo a delegada de Saúde Regional do Norte, Maria Neto, citada pela Lusa.
[Atualização] Criança faleceu devido a doença transmitida pelo hamster que a família tinha como animal doméstico.
Divulgação de medidas de proteção
A morte da criança, pelos motivos que se conhecem, levou a que o diretor do Agrupamento Escolas de Águas Santas, Manuel Carneiro Ferreira, divulgasse aos encarregados de educação, no dia a seguir ao falecimento da aluna, 16 de novembro, uma nota informativa, por recomendação da Autoridade de Saúde ACES Maia/valongo.
A nota informativa indica medidas de proteção recomendadas, “na sequencia da doença infecciosa que infortunadamente vitimou uma aluna”. As medidas recomendadas são as habituais de higiene pessoal e alimentar, comuns a outras infeções, transmitidas pelos alimentos, e por via fecal-oral, como são por exemplo, “não consumir carne ou peixe mal cozinhados”, ou “lavar cuidadosamente a fruta e os vegetais”, ou ainda consumir água que seja “apenas de origem controlada (engarrafada ou de rede pública de abastecimento)”, ou “lavar as mãos com água e sabão”.
Alarme Social
Esta nota informativa levantou suspeitas e alarme entre os encarregados de educação, que pediram esclarecimentos à direção da escola, nomeadamente sobre quais seriam as medidas para averiguar a eventual transmissão da doença para outros alunos, como por exemplo, o encerramento da escola. O diretor do agrupamento escolar afirmou à Lusa, estar convencido de que “não há motivo para alarme”, estando a escola a cumprir os procedimentos recomendados.
Autoridade de Saúde lança comunicado a garantir não haver motivo para alarme
A Autoridade de Saúde do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Maia/Valongo, está a “proceder à investigação epidemiológica”, para despiste da origem da doença infecciosa, tendo emitido um comunicado hoje, dia 20 de novembro, garantindo que não há outras manifestações da doença, tratando-se de um caso isolado, sem motivo para alarme, nem para encerramento das instalações escolares.