Beatriz Gomes Dias, vereadora do Bloco de Esquerda na Câmara Municipal de Lisboa, enviou um requerimento a Carlos Moedas, pedindo “esclarecimentos” sobre o novo nome da ponte pedonal do Trancão, entre Lisboa e Loures, que foi construída para a Jornada Mundial da Juventude.
Segundo o Expresso, a decisão de chamar a ponte de “Ponte Cardeal Dom Manuel Clemente” foi recebida com “estupefação” por parte do Bloco, uma vez que a nomenclatura avançou sem a “apreciação” nem a “votação” dos restantes vereadores da Câmara, o que seria obrigatório.
Ainda de acordo com o mesmo jornal, em resposta à decisão unilateral do executivo de Moedas, o Bloco de Esquerda poderá avançar com “outras ações”, caso a decisão de Moedas seja mantida. Paralelamente, uma petição pública pela alteração do nome da ponte já ultrapassou as dez mil assinaturas e poderá ser discutida na Assembleia da República a partir de setembro.
O requerimento, disponível no site esquerda.net, enfatiza que a decisão de atribuir o nome à ponte “não foi precedida de parecer da Comissão Municipal de Toponímia e não foi alvo de apreciação e votação em reunião de Câmara Municipal de Lisboa pelos vereadores e vereadoras”.
O novo nome para a ponte pedonal do Trancão está agora sob escrutínio público, com o Bloco de Esquerda a procurar respostas claras sobre o processo de decisão.