“Nenhum governo ajudou na luta contra as portagens e ainda hoje mantenho a crítica. Na altura chamava-os de pórticos cor-de-rosa. Não tivemos o mesmo tratamento que outros municípios. Fomos mal tratados”.
Na grande entrevista a Bragança Fernandes, na edição de agosto da revista Notícias Maia, o ex-Presidente de Câmara falou sobre a questão das portagens, que muitas críticas lhe merecem. Para o autarca, a Maia foi muito mal tratada nesta matéria e não obteve ajuda de nenhum governo.
Pode ler a entrevista completa na edição que se encontra nas bancas, até ao fim do mês de agosto.
NM: Em todo o seu tempo de autarca sentiu-se particularmente beneficiado ou prejudicado por algum governo?
ABF: Nunca tive um governo que nos prejudicasse muito porque não deixamos. Sempre defendemos os interesses da Maia e lutamos muito por isso. Mas há alguns casos de que me lembro.
No tempo da Troika tínhamos a variante à EN14 adjudicada e deixamos de a ter. Quando chegou o Governo socialista, o projeto foi cortado e revisto. Só agora está em obras e só depois de uma luta muito grande. É um disparate que demore tanto mas o mais importante é que seja feita e tenha um acesso à autoestrada.
Um Governo socialista chegou igualmente a tentar deslocalizar o Tribunal para a Zona Industrial. O edifício já tinha sido comprado mas conseguimos que se mantivesse no centro da cidade.
Nenhum governo ajudou na luta contra as portagens e ainda hoje mantenho a crítica. Na altura chamava-os de pórticos cor-de-rosa. Não tivemos o mesmo tratamento que outros municípios. Fomos mal tratados. Coloquei outdoors contra as portagens em todo o lado. No dia em que foram anunciadas, estive toda a tarde a discutir com o Secretário de Estado socialista porque era, e ainda é, um roubo os munícipes pagarem para andar na Maia. Acho que se fez mal e continuarei a pressionar para que as portagens, pelo menos as mais evidentes, sejam retiradas.
Tivemos sempre de lutar muito e quem nos ajudou verdadeiramente foram os fundos comunitários, que eram iguais para todos. Percebemos essa oportunidade e trabalhamos para ter os projetos prontos. Estivemos sempre à frente dos outros municípios para receber os fundos comunitários, no grupo da frente dos que trabalhavam bem e onde não existiam atrasos. Tínhamos mérito e íamos buscar sempre algo extra para a Maia.