O líder do PSD/Porto, Virgílio Ferreira, defendeu hoje que o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia, precisa de mais voos de médio e longo curso para ganhar escala.
O social-democrata considerou que o Aeroporto Francisco Sá Carneiro poderá ainda competir ao nível de trajetos internacionais, fazendo com que algumas rotas de médio e longo curso estejam cá sediadas.
“Existe vontade para fazer crescer o número de passageiros e o número de voos operados neste aeroporto”, disse o responsável partidário, no final de uma reunião de trabalho com dirigentes da ANA e do Aeroporto do Porto.
Existe vontade por parte da concessionária dos aeroportos para que esta infraestrutura aeroportuária continue a crescer de forma sustentada e seja competitiva, dado ter essa capacidade, frisou.
“Sabemos que Lisboa terá sempre muito mais atratividade do que o Porto, mas este também tem as suas mais-valias. Por isso, será natural que no futuro seja mais e melhor servido do que agora”, salientou.
O aeroporto é “fundamental” para a economia da região Norte, opinou o deputado do PSD.
Virgílio Ferreira realçou que, no passado, foi feito um terminal no Aeroporto de Lisboa que “não serve para nada” e é exemplo da “má utilização dos recursos públicos feito pelos socialistas”.
“O terminal serviu para convencer a opinião pública da necessidade de construir um novo aeroporto. Em lado algum existe um terminal só com capacidade de partida e sem espaço de chegada?”, questionou.
O deputado do PSD salientou ainda ser “importante” trazer alguns voos da TAP, concentrados exclusivamente em Lisboa, para o Porto, apesar de a concessionária não ter esse poder.
“Historicamente, o Aeroporto do Porto tem sido mal tratado pela TAP porque tem havido deslocalização de rotas e tratamento de discriminação negativa quanto aos seus passageiros”, entendeu.
O social-democrata espera que a TAP, como empresa ainda pública, seja correta no tratamento que dá ao território nacional e não esteja a privilegiar um aeroporto por razões economicistas.
O diretor da ANA, Jorge Leão, referiu que o Aeroporto do Porto não tem outra hipótese que não seja crescer.
“A rentabilidade financeira só pode ser suportada com crescimento do tráfego”, salientou.
E, acrescentou, “não existe outra alternativa que não seja crescer. Se porventura o crescimento for inferior à taxa de inflação, as próprias taxas a preços constantes são obrigadas a reduzir nos termos do contrato de concessão. Ou seja, há uma solidariedade por parte da gestora aeroportuária com interesse público”.
Também presente na reunião, o presidente da Câmara da Maia, António Bragança Fernandes, frisou que a infraestrutura aeroportuária “precisa mesmo” de mais voos.
“É uma questão de boa vontade”, concluiu.
Fonte: portocanal.sapo.pt