O Ministério Público, em colaboração com outras entidades judiciais, está a realizar buscas em diversos locais no âmbito de uma operação que investiga negócios relacionados com o hidrogénio e o lítio e que envolve figuras políticas de relevo e o empresário Diogo Lacerda Machado – conhecido como o “melhor amigo” de António Costa. A SIC, canal que avançou estas informações, noticiou que já houve detenções ligadas ao caso.
Ainda de acordo com a SIC, entre os detidos encontram-se Diogo Lacerda Machado, o Presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, e dois altos executivos de empresas, bem como Vítor Escária, chefe de gabinete do Primeiro-Ministro. As buscas estendem-se a locais significativos, incluindo a residência oficial do Primeiro-Ministro, a habitação do atual ministro das Infraestruturas, João Galamba, e a residência do antigo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.
O inquérito em curso pretende esclarecer as práticas relacionadas com os recentes negócios do hidrogénio e do lítio em Portugal. Desde 2016, o país tem vivenciado um incremento de pedidos de prospeção deste metal, incentivado pelo crescimento da demanda global devido à sua aplicação em baterias de veículos elétricos.
Enquanto várias associações ambientais e grupos locais se opõem a tais prospeções, o Governo tem sustentado que o lítio é fundamental para a estratégia nacional de transição energética.