A autarquia criou, pela primeira vez, um Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo. A ideia é dar o pontapé de saída para uma aposta séria no setor.
A autarquia pode ter dado o pontapé de saída para uma estratégia municipal de Turismo. No documento a que o NOTÍCIAS MAIA teve acesso, pode ler-se que a ideia é “construir uma orientação” para “uma estratégia sustentável para o Turismo na Maia, baseada nos recursos e ativos existentes no Território, organizada em produtos turísticos inovadores e em experiências autênticas”.
O documento apresenta um diagnóstico de todo o concelho, tendo identificado e elencado uma série de equipamentos com potencial turístico, assim como as suas fragilidades. Enumera ainda propostas e linhas prioritárias e estabelece um modelo de monitorização, tendo por base a “informação estatística relevante sobre a atividade turística” como suporte à tomada de decisão.
Paulo Ramalho, Vereador da Câmara da Maia, instado a comentar o plano, revelou que “o turismo não é a realidade que mais notoriedade oferece nesta altura ao nosso território”, mas sublinhou ter “a certeza que o nosso território é portador de um conjunto de ativos com elevado potencial para atrair pessoas, inclusive de outras geografias”. O autarca considera que uma estratégia devidamente articulada entre os equipamentos e as possíveis experiências que o concelho oferece, têm “potencial turístico”: “Equipamentos como o Mosteiro de Moreira, a Quinta dos Cónegos, a Torre do Lidador, o Aeródromo de Vilar de Luz, o Hipódromo de Silva Escura, o Parque Zoológico da Cidade da Maia ou o Parque de Avioso, mas também experiências como a gastronomia, os caminhos de Santiago ou o paraquedismo, e eventos como o Festival de Teatro Cómico, a Feira de Artesanato, a World Press Photo ou o Torneio Internacional de Ténis Maia Open”.
“Por outro lado, não podemos esquecer que o Aeroporto Internacional Sá Carneiro está instalado precisamente na Maia”, afirma o vereador, considerando que “todos os dias chegam ao nosso concelho centenas de pessoas oriundas das mais diversas geografias em visita às nossas Zonas de Acolhimento Empresarial, permanecendo muitas delas por vários dias no nosso território”.
O responsável sublinhou ainda “que Este Plano Estratégico foi construído com os contributos de um número muito alargado de atores do território. Ouvimos representantes de toda a fileira do turismo, desde a hotelaria, a restauração, as empresas de eventos, às agências de animação turística, as juntas de freguesia, diversas unidades orgânicas da Câmara Municipal, associações e coletividades do concelho, IPMaia, ISMAI, Associação Empresarial da Maia, Cooperativa Agrícola, Eixo Atlântico, bem como a própria Entidade Regional Turismo Porto e Norte de Portugal. Foi um processo longo e muito discutido”.
O resultado da iniciativa já foi votado favoravelmente. Na Câmara da Maia por unanimidade com os votos do PSD, CDS-PP, PS e JPP, e na Assembleia Municipal com a abstenção da CDU e do BE e voto contra da deputada ex-PAN, Clara Lemos.