A Câmara Municipal de Oeiras ordenou a remoção de um cartaz que recordava os abusos sexuais na Igreja Católica, argumentando falta de licença. O outdoor fazia parte de uma campanha composta por três cartazes instalados em Loures, Algés e na Alameda em Lisboa. Os organizadores da iniciativa cidadã criticam a decisão e planeiam recorrer à justiça.
Um dos outdoors instalados em Portugal, cujo conteúdo recordava os abusos sexuais na Igreja Católica, foi retirado pela Câmara Municipal de Oeiras. A iniciativa foi organizada por uma campanha de angariação de fundos online, tendo colocado três cartazes em diversos locais, incluindo Loures, Algés e na Alameda, em Lisboa, como reportado pelo Público.
Segundo a autarquia, em comunicado, a remoção do cartaz ocorreu por este estar colocado numa estrutura sem licenciamento. “No Município de Oeiras, toda a publicidade ilegal é retirada, seja qual for o seu conteúdo”, pode ler-se.
Entretanto, os organizadores da campanha, encabeçados por Telma Tavares, designer e autora do cartaz, classificam a decisão como “censura”. Eles alegam que os cartazes são mensagens políticas e, como tal, não necessitam de licença, conforme reportado pelo Público.
Tavares referiu ao Público que o grupo tentou obter a permissão da autarquia de Lisboa a 31 de Julho, mas a resposta continua pendente. Agora, com a decisão da Câmara de Oeiras, os organizadores estão a analisar a possibilidade de recorrer à justiça para reverter a remoção do cartaz.
A campanha faz parte do movimento “This Is Our Memorial”, criado para denunciar a violência sexual cometida por elementos da Igreja Católica. O outdoor removido em Oeiras exibia a mensagem “Mais de 4800 crianças” foram abusadas por elementos da igreja, informação repercutida pelo Público..