Até 16 de junho é possível visitar a exposição que inclui documentos originais a destacar episódios ocorridos na Maia e homenagens aos vários maiatos presos pela difusão de imprensa clandestina.
A Câmara Municipal da Maia e a Direção da Organização Regional do Porto do PCP promovem, até 16 de junho, uma exposição sobre imprensa clandestina, destacando a sua importância, mas também o heroísmo de todos os que a produziam e difundiam, enfrentando a ditadura fascista e as prisões.
A exposição é gratuita e pode ser visitada no Fórum Maia, de terça a domingo, das 10h às 22h.
A exposição chama-se “A Imprensa Clandestina” e surge por ocasião do centenário do Partido Comunista Português e passados 47 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974.
Dando expressão a uma grande e pouco conhecida diversidade de jornais clandestinos, alguns deles editados nas próprias prisões fascistas, a exposição vai incluir documentos originais e inéditos, dos arquivos regionais do PCP, e destacar situações relacionadas com a Maia e noticiadas pelo «Avante!» de 1944, em que a população da Maia se manifestou contra a saída de bens alimentares para a Alemanha Nazi. Serve igualmente de homenagem aos vários maiatos presos, alguns dos quais pela difusão de imprensa clandestina.
A imprensa clandestina, particularmente o «Avante!» pela sua regularidade, era um informador que furava a censura e um guia de ação para derrubar do fascismo.
Em 1926, um golpe militar abriu portas a um processo que viria a instaurar uma ditadura em Portugal. Processo esse que foi acompanhado da fascização do Estado e com ela surgiram as perseguições, prisões arbitrárias, torturas e assassinatos, proibição de partidos políticos, proibição da liberdade de imprensa e imposição de censura prévia. Tudo isto aliado à perpetuação de situações de miséria, fome e pobreza extrema.