A Câmara da Maia prolongou até 15 de janeiro o prazo para o concurso público destinado à elaboração do anteprojeto de tunelização da EN14. A proposta abrange o troço entre o Nó Maia Sul e o Nó do Chiolo e inclui a construção de um túnel para “enterrar” a estrada nacional no centro urbano, criando à superfície um parque linear com cerca de 1 km de extensão, dotado de ciclovias e zonas de lazer.
O presidente da Câmara, Silva Tiago, explicou que esta iniciativa visa “agilizar o futuro projeto de construção” e persuadir o governo e a Infraestruturas de Portugal (IP) a avançarem com a obra. A autarquia compromete-se a financiar o anteprojeto, com um custo-base de quase 500 mil euros, e a apresentá-lo à IP, proprietária da estrada.
O projeto não só eliminará o impacto da EN14 no centro da Maia como permitirá alargar a via para três faixas em cada sentido, modernizando as infraestruturas rodoviárias. Segundo o autarca, o túnel será desenhado com aberturas estratégicas para ventilação, iluminação e segurança, mantendo a funcionalidade e garantindo a sustentabilidade.
Silva Tiago referiu que já manteve contactos com o governo e com a IP, mostrando-se confiante de que haverá apoio para a execução do projeto. O autarca defende que é “um absurdo” uma estrada nacional atravessar o centro urbano, comparando o impacto ao de uma estrada nacional na Avenida dos Aliados, no Porto.
O plano da autarquia inclui ainda um desvio temporário do trânsito pela EN13 e pela A41 durante as obras, minimizando os constrangimentos na circulação. Silva Tiago estima que a obra possa começar no final de 2025 ou início de 2026, com um prazo de execução de cerca de 18 meses e um custo de 30 a 40 milhões de euros.
Este anteprojeto permitirá também que, quando o concurso para a empreitada for lançado, o vencedor fique responsável tanto pela construção como pela elaboração do projeto de execução. A Câmara da Maia está disponível para uma parceria com o governo, podendo ambas as partes dividir os custos e responsabilidades consoante o modelo acordado.