A Câmara Municipal da Maia, através do responsável pela empresa de habitação social, Espaço Municipal, garantiu que este é um caso que “depende da segurança social”.
A autarquia, em conferência de imprensa convocada para o efeito, referiu através de Fialho de Almeida, que esta família que está a dormir na entrada de um prédio na Cidade da Maia, constituída por um casal, filho e uma pessoa idosa, tem rendimentos próximos a 2000 euros mensais, estando por isso acima dos critérios definidos pela autarquia para atribuição de um casa camarária.
O responsável pela Espaço Municipal, garantiu que nesta altura, em relação a habitação social, a autarquia “não pode fazer nada por esta família”, porque tem pessoas em lista de espera à frente deste caso e porque esta família tem capacidade financeira para resolver este problema no curto prazo.
Fialho de Almeida assegura que esta é uma situação de “emergência social e não de habitação social”, logo cabe à administração central a resolução deste problema.
Este caso, garante o responsável pela empresa municipal, é conhecido pelos serviços há mais de um ano, sublinhando que não cumpre os critérios para “passar à frente de outras famílias”. Segundo Fialho de Almeida, foram propostas pelos serviços municipais várias soluções que não obtiveram resposta favorável por parte deste agregado.
Família está há dias a viver na entrada do prédio onde residiu durante 19 anos
Esta família com um agregado composto por quatro pessoas, tem um rendimento mensal de quase 2000 euros, proveniente de reformas e subsídio de desemprego. Não obstante, acabou por ser despejada da casa onde vivia há 19 anos, devido ao incumprimento do pagamento de duas viaturas, adquiridas pelo filho, das quais o pai foi fiador.
Sem capacidade para pagar, as dívidas foram-se acumulando e acabaram por perder a casa. Afirmam não conseguir, no imediato, alugar uma habitação, por não terem capacidade de pagar duas ou três rendas adiantadas e pedem ajuda à Câmara Municipal.