Os operadores rodoviários que trabalham no Porto de Leixões paralisaram a sua operação no terminal na passada quarta-feira, dia 22 de fevereiro.
A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) confirmou que a operação foi paralisada, depois de não ter sido atingido um consenso com a administração portuária acerca de compensações pelos tempos de espera.
“Mesmo com os esforços que a APDL canalizou para a resolução desta situação, em sede negocial, não foi possível alcançar o consenso”, pode ler-se num comunicado desta quarta-feira.
Cerca de 100 camiões, em representação de 60 empresas estiveram parados, protestando contra “a inoperacionalidade do porto de mar”, que os obriga diariamente a “esperar cinco a seis horas para levantar ou descarregar mercadorias, quando o tempo referencial é de 55 minutos”, disse, ao JN, Paulo Paiva, porta-voz e assessor jurídico do grupo.
Na passada sexta-feira, dia 17 de fevereiro, a revista Transportes & Negócios avançou que a operação iria estar paralisada na quarta, quinta e sexta-feira, “devido às demoras nas entregas no porto de Leixões e falta de compensações financeiras devido à imobilização dos veículos no Porto”.
“Um grupo de transportadores fizeram-se representar através de uma plataforma e solicitaram uma compensação pelo acréscimo de tempo de permanência no porto”, refere a APDL num comunicado emitido esta quarta-feira.
Ainda no mesmo dia 17 de fevereiro, uma fonte oficial da APDL adiantara à Lusa que os tempos de espera “estão a aproximar-se paulatinamente dos normais“. Em causa está a implementação de um novo sistema operativo de terminais Navis4, que segundo a APDL, é “o mais utilizado em todo o mundo”.