O Governo português antecipa um crescimento na carga fiscal para os próximos dois anos, com o PIB a ser taxado a 37,2% em 2023, e possivelmente chegando aos 38% em 2024, segundo o esboço do Orçamento do Estado.
Numa apresentação recente no Parlamento, o Governo lançou as previsões fiscais para os próximos anos, através da proposta de Orçamento do Estado para 2024. Segundo este documento, a carga fiscal no país está a caminho de estabelecer novos recordes, com uma estimativa de 37,2% do PIB em 2023, e uma possível ascensão para 38% em 2024, caso se mantenham as políticas atuais.
Este anúncio segue a tendência do ano anterior, onde em 2022, a carga fiscal já tinha alcançado um pico histórico de 36,4% do PIB, impulsionado em parte pela inflação e pelo aumento do emprego remunerado. Este crescimento contínuo nas receitas fiscais reflete uma economia em recuperação, onde até agosto, as receitas fiscais somaram 39,2 mil milhões de euros, e as contribuições para a Segurança Social atingiram 18,9 mil milhões de euros.
Na apresentação do Orçamento, o Governo ajustou ligeiramente as previsões para 2023, comparativamente ao Programa de Estabilidade anterior, que apontava para uma carga fiscal de 37,3%. Contudo, para 2024, a visão é de um aumento para 38% do PIB, embora a meta governamental seja manter a carga fiscal nos 37,4%, mediante a implementação de outras medidas.
O Ministro das Finanças, ao esclarecer estas previsões, enfatizou que um aumento na receita fiscal não implica necessariamente um aumento nas taxas de imposto. Atribuiu o crescimento da receita ao dinamismo do mercado de trabalho, rejeitando a noção de que um aumento na receita signifique um maior encargo para as famílias. Realçou também a expansão do emprego, com quase um milhão de pessoas a mais a trabalhar no país comparativamente a 2015, como um fator chave por trás do aumento da receita fiscal.
Com um crescimento projetado de 7,5% na receita fiscal para 2024, comparativamente a 2023, e um contributo de 5,2% na evolução da receita fiscal, o Governo mostra otimismo na capacidade da economia continuar a crescer, mesmo face a uma carga fiscal elevada. Esta projeção ressalta as estratégias fiscais em curso, com o Governo a equilibrar as necessidades de receita com o impulso ao mercado de trabalho e a atividade económica.
1 comentário
Por impossível que pareça, apesar dos Reformados terem valores de Reforma miseráveis, que ajuda a acelerar a morte, á exceção dos Reformados da função Pública (Médicos/Enfermeiros/Professores/ Jornalistas (RTP)/Deputados/e Afins, a verdade é que este Governo e o Partido Socialista são os Únicos que se lembram dos Reformados (Que Não são da Função pública) de Resto, entra o ano sai o ano os, Partidos da Oposição, do BE ao Chega , os dedos de uma mão tem dedos a mais para contar as vezes em que são falados, já Nem digo mais, nada , ao menos falar, nos reformados pobres, de resto, para os reformados presentes e futuros da função pública, são falados todos os dias do ano, 24 horas por dia.