A maior rede de tráfico de droga na Pasteleira Nova, montou laboratórios clandestinos em casas arrendadas na Maia e em Matosinhos.
Três colaboradores diretos do líder da rede geriam esses locais, onde se preparavam grandes quantidades de cocaína e heroína para venda aos consumidores no Porto, de acordo com o Jornal de Notícias.
Em março do ano passado, a PSP deteve todos os preparadores de droga e outros três elementos da organização que arrendaram as residências, sabendo que seriam usadas para preparar e embalar as drogas. Todos eles estão atualmente a ser julgados por tráfico de droga no Tribunal de São João Novo, no Porto.
O líder da rede, que, segundo o Jornal de Notícias, sempre se mostrou cauteloso para evitar ser apanhado pela polícia, comprava as drogas em estado de pureza elevado e mantinha a sua preparação longe da Pasteleira Nova, que é vigiada pela PSP quase permanentemente.
O mesmo jornal indica que as drogas eram misturadas com paracetamol, cafeína, bicarbonato de sódio e fenacetina, e eram embaladas em doses individuais em casas arrendadas em Pedrouços, Senhora da Hora e Leça da Palmeira. O líder da rede não estava ligado aos contratos de arrendamento dessas casas, delegando essa tarefa em elementos da rede que foram detidos pela PSP.
Os preparadores das drogas dominavam os procedimentos técnicos necessários ao processamento e equiparam os laboratórios com dezenas de panelas, tachos, bacias, coadores e lâminas. Eles também compraram balanças de precisão e uma prensa para proceder à desumidificação total e rápida da droga.
Passavam dias e noites a preparar a droga e depois embalavam-na em sacos de plástico individuais para entrega aos vendedores da rede.
Além dos laboratórios clandestinos, a organização tinha dois espaços para guardar a droga, produto de corte e dinheiro proveniente do tráfico: uma garagem no Porto e a moradia.