Quase três décadas após o último casamento real, Portugal prepara-se para testemunhar a união da Infanta Maria Francisca de Bragança com Duarte de Sousa Araújo Martins, a decorrer no Mosteiro dos Jerónimos.
Maria Francisca de Bragança, infanta de Portugal e duquesa de Coimbra, filha de D. Duarte Pio e D. Isabel de Herédia, anunciou o seu compromisso com Duarte de Sousa Araújo Martins, jovem advogado lisboeta. A cerimónia está marcada para o dia 7 de outubro.
Maria Francisca teve a sua apresentação à sociedade em 2017, na 25.ª edição do Le Bal, um prestigiado baile em Paris. Foi ali que dançou a valsa com o seu pai, o pretendente ao trono de Portugal. A sua vida manteve-se relativamente discreta, frequentando o curso de Comunicação Social e Cultura na Universidade Católica, em Lisboa.
A notícia do casamento surgiu quando o pai da infanta, D. Duarte Pio, fez o anúncio nas redes sociais. Maria Francisca, nascida em 3 de março de 1997, é a segunda de três filhos dos duques de Bragança e encontra-se em terceiro lugar na linha de sucessão ao trono.
Quanto ao noivo, Duarte de Sousa Araújo Martins, nascido em 14 de maio de 1992, é filho de Pedro Martins e D. Maria do Carmo de Sousa Araújo e neto do arquiteto João de Sousa Araújo. Licenciou-se em Direito pela Universidade Católica de Lisboa, especializando-se em mercados de capitais e fusões na sociedade de advogados Uría Menéndez – Proença de Carvalho.
O casamento ocorrerá no Mosteiro dos Jerónimos, local que acolheu, há 28 anos, o casamento dos pais de Maria Francisca. Tal como em 1995, espera-se a presença de representantes de várias casas reais europeias. A cerimónia religiosa será presidida pelo Cardeal D. Manuel Clemente, Patriarca de Lisboa, seguida de uma receção nos claustros do Mosteiro.
Detalhes adicionais revelados indicam que Maria Francisca poderá usar a mesma tiara que D. Isabel de Bragança usou no seu casamento e que o bolo de noiva será do Algarve. Está ainda prevista a atuação de um rancho folclórico durante a celebração.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o Primeiro-Ministro, António Costa, foram convidados.