O tema será debatido em Assembleia de Freguesia, depois da Comissão criada para o efeito ter concluído que o Castêlo da Maia já reune todas as condições para ser elevado a Município. Um estudo independente, realizado no primeiro trimestre de 2022, revela forte apoio popular dos habitantes da Trofa, que equacionam juntar-se ao novo município.
O Castêlo da Maia pode iniciar a sua elevação a concelho já em 2022. Quem o afirma é a Comissão Parlamentar, criada pela Assembleia de Freguesia do Castêlo da Maia para realizar o estudo sobre a viabilidade do Concelho Castêlo (CC). A ideia colhe unanimidade entre os diversos partidos eleitos e vai a discussão já na próxima Assembleia sobre o mote “Castêlo a Alternativa como Concelho Organizado” (CACO).
“Este é um desejo antigo das gentes do Castêlo da Maia e um desígnio da nossa geração”, afirmou Rafael Torres, presidente da Comissão Parlamentar e deputado eleito pelo “Movimento Independente Castêlo Organizado” (MICO).
A Comissão concluiu que o concelho da Maia está altamente centralizado na Cidade, o que tem provocado uma luta silenciosa entre o Norte e o Sul:
“Os habitantes do Castêlo sabem que a capital do Concelho deveria ser algures entre a Praça 5 de Outubro e a Real Castêlo, centro de grande pulsar económico, que funciona como elo de ligação entre o Douro Litoral e o Minho”, revelou o autarca, sublinhando que a Câmara Municipal da Maia chegou a estar situada no Museu de História e Etnologia da Terra da Maia, de onde nunca deveria ter saído”. A ideia, após a formalização do Concelho Castêlo, será investir mais a Norte, onde as pessoas “são mais genuínas”.
O Castêlo produz todo o conhecimento concelhio na Universidade da Maia (antigo ISMAI) e tem no seu território uma considerável parte da Zona Industrial: “no fundo somos nós que estudamos e trabalhamos para o resto do concelho”, afirmou o jovem político.
Uma das razões que catapultou esta vontade foi a Trofa ter-se apoderado da Arte Santeira, o que é considerado “inaceitável” para os autarcas da freguesia maiata. Fonte que preferiu não se identificar, contou que “o Castêlo esperou que a Câmara Municipal reagisse e fosse recuperar os Santeiros para a Maia, terra origem desta Arte, mas como é apanágio, responderam-nos que só se fosse algo no centro da Maia é que poderia reagir”.
“Ou nos devolvem os Santeiros ou anexamos a Trofa”, afirma a mesma fonte, que revela ter na sua posse um estudo que mostra uma percentagem muito elevada de trofenses separatistas que têm interesse em anexar vários territórios ao Concelho Castêlo.
“A explicação é simples. O território da Trofa foi em tempos Maia e após os longos anos da ocupação inimiga de Santo Tirso, conseguiu a independência, estando em condições de voltar a unir-se ao povo irmão do Castêlo. Depois existe a proximidade cultural e de língua. No Castêlo e na Trofa a língua é bastante idêntica e os seus habitantes entendem-se quase a 100%. Já a herança cultural é a mesma, é uma terra de vinho verde”, afirmou o representante do CACO.
Outro dos fatores cruciais para esta anexação “amigável” é a falta de Metro para a Trofa: “Está visto que a Trofa sozinha não se safa. Não consegue a tão desejada ligação de Metro. Esta é uma matéria que o Concelho Castêlo, com a grande experiência dos autarcas maiatos, conseguirá resolver no espaço de dois anos. Não temos dúvidas que em 2025, existirá uma ligação de Metro, no mínimo. Depois disso discutiremos o novo Aeroporto Internacional, a situar entre Muro e São Pedro de Avioso”.
Questionado sobre a possibilidade dos autarcas da Trofa não permitirem a anexação, o CACO foi peremptório em afirmar que “nesse caso podemos tomar o concelho em menos de 48 horas, estamos preparados para isso”.
“Em alternativa, se bloquearmos a nova variante e a EN14, a Trofa rende-se em menos de uma semana”, rematou.
[Notícia paródia de 1 de abril, que inaugura o Pirata da Maia]
3 comentários
Já providenciaram o armamento?! Tem havido imensa procura nestes dias…
Estou completamente chocado com o discurso radicalista, irracional e delirante. Não há espaço para pessoas sectárias, com laivos discriminatórios (“…investir mais a Norte, onde as pessoas “são mais genuínas””) em nenhum espaço político. “Anexar”, “Rendem-se”? Porquê a alegoria à guerra com estes termos?
Que cambada de fanfarrões ignorantes.
Muito bom, pelo titulo percebe-se logo a piada do dia 1 de Abril, mas o artigo demonstra uma boa dose de humor, parabéns! :D
Achei particularmente piada a esta parte:
” Depois disso discutiremos o novo Aeroporto Internacional, a situar entre Muro e São Pedro de Avioso.” :’D