Assembleia de Freguesia aprovou o executivo proposto pelo Presidente Manuel Azenha, mas voltou a reprovar a Mesa. O ato de instalação dos órgãos autárquicos foi novamente suspenso e foi marcada uma nova sessão. É a terceira.
A Assembleia de Freguesia do Castêlo da Maia ainda não concluiu o ato de instalação dos órgãos autárquicas depois do sufrágio eleitoral de 26 de setembro de 2021. Manuel Azenha foi eleito presidente da Junta de Freguesia do Castêlo da Maia, pela coligação “Maia em Primeiro” (PSD.CDS-PP), tendo conquistado seis dos treze lugares da Assembleia, seguindo-se o PS com cinco e o independente CC com dois.
Depois de uma primeira sessão, decorrida no auditório do polo da Junta de Freguesia em Gemunde, em que a oposição chumbou a proposta dos vogais, tendo obrigado a uma nova sessão, o executivo foi votado favoravelmente na sexta-feira, dia 5 de novembro, mas ainda não há acordo para a eleição da mesa que conduzirá os trabalhos durante o mandato que agora inicia. Com o PS e o CC a chumbar da lista proposta por Manuel Azenha, os trabalhos foram suspensos e foi marcada uma nova sessão, marcada para sexta-feira, dia 19 de novembro de 2021.
Associação de Moradores do Castêlo da Maia (AMCM) afirma parecer “que há cidadãos mais preocupados com a promoção de jogos políticos e com a defesa das suas ambições pessoais do que com a gestão da freguesia”, considerando que este é um” imbróglio público e político que nos deveria fazer corar de vergonha”.
Em comunicado enviado à esta redação, a AMCM, associação fundada em 2017, veio manifestar “surpresa pela forma como está a decorrer todo o processo de instalação do novo executivo de freguesia do Castêlo da Maia”.
“Parece-nos, afinal, que há cidadãos mais preocupados com a promoção de jogos políticos e com a defesa das suas ambições pessoais do que com a gestão da freguesia, da res publica e com a defesa dos interesses dos castelenses”, pode ler-se.
Entendendo que a AMCM não pode continuar a manter-se à margem desta situação, a Associação de Moradores do Castêlo da Maia apela “a um entendimento de fundo entre todos cidadãos com assento na Assembleia de Freguesia para que, de uma vez por todas, seja consensualizada uma lista à Mesa da Assembleia de Freguesia, permitindo, por fim, concluir um processo que se arrasta tempo demais. Urge ultrapassar as diferenças para que se conclua de vez a instalação dos órgãos de freguesia”.
Sublinhando que os eleitos devem ser “capazes de colocar de lado as suas ambições políticas e pessoais”, a associação disponibiliza-se para,” dentro das limitações das suas funções, promover pontes de entendimento e de diálogo, contribuindo para encontrar soluções que resolvam de vez um imbróglio público e político que nos deveria fazer corar de vergonha”.