A CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, tem direito a um bónus no final do seu contrato de cinco anos, se cumprir os objetivos do plano de reestruturação da empresa. De acordo com o Correio da Manhã, esse bónus pode chegar aos 2 milhões de euros. Esta compensação extra é equivalente a cerca de 80% do salário bruto anual da CEO, que é de 504 mil euros, de acordo com o relatório de governo societário da TAP.
Há duas semanas, Christine Ourmières-Widener foi questionada sobre o bónus a que tem direito numa audição parlamentar, mas não revelou o valor na altura. A CEO apenas sublinhou que tem direito a esse bónus se o plano de reestruturação for completamente cumprido até 2025, que é o horizonte do seu contrato.
Ao que tudo indica, a CEO da TAP receberá o bónus. Numa mensagem aos trabalhadores antes da audição na Assembleia da República, Christine Ourmières-Widener escreveu que a TAP teve uma das maiores receitas da sua história, no ano passado, e já registrou o seu melhor resultado trimestral de sempre, no terceiro trimestre. Além disso, o contrato da CEO vai até junho de 2026.
A TAP terminou os primeiros nove meses de 2022 com um prejuízo de 91 milhões de euros, mas conseguiu um lucro de 111 milhões entre julho e setembro. A empresa espera ter um resultado positivo para o exercício como um todo, com a melhoria das contas no último trimestre. As receitas da TAP somaram 2,44 mil milhões de euros até setembro.
O bónus da CEO da TAP será um dos temas de uma comissão parlamentar de inquérito proposta pelo Bloco de Esquerda e já aceita pelo PS.