A Cerealis, dona das marcas Milaneza, Nacional e Napolitana, concluiu a aquisição de 100% do capital da Europasta, a maior produtora de massas alimentícias da Chéquia, reforçando a sua posição no mercado centro-europeu.
A Cerealis, grupo agroalimentar português detido por Carlos Moreira da Silva e pela família Silva Domingues, anunciou esta sexta-feira a aquisição total da Europasta, fabricante de massas líder no mercado checo e com uma das maiores fábricas do centro da Europa. A empresa da Maia, que já controlava 58,33% do capital da Europasta, conclui agora a compra dos restantes 41,67%, completando o processo de aquisição iniciado há mais de uma década.
Com receitas anuais de aproximadamente 70 milhões de euros, a Europasta é um ativo estratégico para a Cerealis, cuja operação “dá continuidade à estratégia de consolidação e crescimento inorgânico”, segundo o comunicado enviado às redações. Fundada em 2002, a Europasta explora marcas como Adriana, Zátkovy, Rosické e Ideál, e tem capacidade de produção superior a 100 mil toneladas por ano, concentrada num único centro de produção.
Segundo o jornal ECO, a Cerealis planeia implementar um importante plano de investimento e modernização na Europasta, embora os detalhes financeiros não tenham sido revelados. Pedro Moreira da Silva, CEO da Cerealis, sublinhou a importância desta aquisição para a estratégia de expansão do grupo: “A Europasta é um ativo chave no nosso processo de expansão e será também uma base importante para possíveis novas aquisições naquela geografia”.
Desde que a Cerealis iniciou o seu processo de internacionalização em 2010, com uma participação inicial de 25% na Europasta, o grupo tem vindo a reforçar a sua presença no mercado europeu. Este movimento insere-se na estratégia de crescimento da empresa, que conta atualmente com cerca de 760 colaboradores e transforma anualmente mais de 440 mil toneladas de cereais nos seus quatro centros de produção.
A aquisição da Europasta permitirá à Cerealis melhorar a sua capacidade de servir clientes em várias geografias e otimizar a eficiência da sua cadeia de abastecimento, minimizando as emissões de CO2. Segundo o CEO, a escolha do melhor centro de produção para cada ponto de entrega será uma das principais vantagens desta operação.