Chun-hsin Tseng, tenista do Taipé conquistou o seu primeiro título no ATP Challenger Tour ao derrotar o português e maiato Nuno Borges, uma semana depois de ter perdido a final do Maia Open I.
Número 232 do ranking mundial ATP, o ex-número um mundial de júnior (em 2018 jogou as finais do Australian Open e do Masters e venceu Roland-Garros e Wimbledon) deu a volta ao maiato de 24 anos e venceu por 5-7, 7-5 e 6-2 depois de 2h25.
Depois de duas derrotas (em Praga, em julho de 2019, e na Maia, há uma semana), à terceira foi de vez para Chun-hsin “Jason” Tseng, que com uma reviravolta impediu Nuno Borges de fazer a festa em casa, perante amigos e familiares, um dia depois do jovem maiato ter conquistado o segundo título consecutivo ao lado de Francisco Cabral.
“Fiz o meu melhor encontro destas duas semanas e estou muito feliz”, confessou Tseng após somar a nona vitória na terra batida maiata. “O primeiro set foi duro e fui um pouco abaixo mentalmente, mas na troca de lados entre sets disse a mim mesmo para me acalmar, continuar a lutar e que mais tarde ou mais cedo iria ter novas oportunidades e isso acabou por acontecer. Estou muito feliz, o primeiro título é sempre especial e vou sempre recordar estas duas semanas na Maia.”
Nuno Borges, por sua vez, lamentou a derrota, mas deu mérito ao adversário: “Foi um bom encontro. Depois de ganhar o primeiro set devia ter entrado melhor no segundo, principalmente pelo ascendente que tinha, mas ele aguentou-se bem, eu falhei um bocadinho mais aqui e ali e depois já me senti desgastado no terceiro. Há uma ou outra coisa que preciso de aperfeiçoar para ter mais facilidades em dar a volta ao encontro numa próxima vez.”
No entanto, o bicampeão nacional despediu-se dos “seus” torneios com um balanço positivo: “Não vou olhar para a derrota, vou olhar para as meias-finais, para a final e para os dois títulos de pares que conquistei. Entrei no top 200 à custa destes torneios e cimentei ainda mais a minha qualificação para o Australian Open, é para isso que tenho de olhar.”
Encerradas as duas semanas de Maia Open, quer Tseng, quer Borges ficarão a aguardar pela atualização de segunda-feira para verem confirmadas as respetivas estreias no top 200 do ranking ATP. E depois de um curtíssimo período de descanso, coincidente com a época festiva, ambos voarão para Melbourne tendo em vista a participação no qualifying do Australian Open.
No final, Vasco Costa, presidente da Federação Portuguesa de Ténis, fez o rescaldo dos dois torneios: “O balanço é obviamente bastante positivo. Não tivemos nenhum português a ganhar em singulares, mas tivemos um par que venceu os dois torneios. É claro que estaria muito mais contente se o Nuno Borges tivesse conseguido ganhar a final de hoje, mas foram duas semanas muito boas para os nossos jogadores, que tiveram a oportunidade de participar nestes torneios e ganharem pontos para melhorarem os seus rankings.”
O responsável federativo recuperou a ideia de elevar o Maia Open a um patamar superior, desejo também partilhado pelo diretor da prova, João Maio: “A intenção da Câmara Municipal é organizar um Challenger 100 ou até 125 e um dia mais tarde um torneio ATP, porque temos condições para isso. Vão ser feitas obras para remodelar o complexo e queremos acompanhá-las com a melhoria dos eventos.”