Aconteceu na terça-feira, dia 31 de janeiro, a primeira edição de 2023 do CICCOPN Portas Abertas.
O evento, destinado a profissionais de orientação e técnicos, ajuda a definir o caminho escolar/profissional de jovens e adultos. Algumas das maiores empresas da construção estiveram presentes no CICCOPN, para destacar a necessidade de profissionais qualificados neste setor.
Renato Mouralinho, da Teixeira Duarte, confessa que “cada vez mais a nível de mercado português, é necessário capacitar os jovens de competências técnicas e práticas. Este papel [do CICCOPN] de especialização é muito importante, porque cria-se muitos bons profissionais nestas áreas”, ainda para mais num setor que carece de mão de obra qualificada.
“Em termos de empregabilidade, estes eventos podem servir acima de tudo para conhecer perfis. Acho que são importantes estas relações de proximidade, entre as várias empresas e instituições com esta. Também é importante para conhecer as áreas que estas instituições têm para oferecer e acima de tudo conhecer perfis que se destaquem, porque amanhã pode ser útil para enviarem formandos para as grandes empresas, mas também reter os melhores talentos e atrair os mesmos”, continuou.
“Atualmente o setor da construção civil carece muito de trabalhadores qualificados. É um setor que neste momento está com défice de trabalhadores, a procura é muito elevada, mas a oferta é pouca, e é pouca cada vez mais porque ‘trabalhar nas obras’ não é algo que os jovens de hoje em dia querem. É um setor muito importante e que tem em vista crescer imenso, mas que está em carência”, precisou Renato.
Em junho passado, Manuel Reis Campos, presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), recordou que o setor da construção civil necessita de mais 80 mil trabalhadores. Em janeiro deste ano, a AICCOPN revelou que a indústria conseguiu atrair mais de 26 mil novos trabalhadores no espaço de um ano. Para Renato Mouralinho, o continuar do crescimento passa por “apostar na formação dos jovens”.
Já Sílvia Ferreira, do projeto Inclui +, da Santa Casa da Misericórdia, salienta que estes eventos são uma mais valia “para captar jovens e para eles terem consciência das competências que o mercado de trabalho valoriza”.
“No ensino tradicional, as escolas estão marcadas por um currículo muito pouco alternativo, e estas instalações do CICCOPN e estes equipamentos são o que valoriza o mercado de trabalho, no sentido das competências que eles vão adquirir aqui que não iriam adquirir noutro lado”, explicou.
No sentido da empregabilidade, estas iniciativas servem para “perceber o que o país precisa”, concluiu.