A CIN – Corporação Industrial do Norte está a realizar um investimento total a rondar os 45 milhões de euros para “modernizar, expandir, aumentar a capacidade e, sobretudo, acelerar o processo produtivo” no complexo industrial da Maia.
A revelação deste investimento foi feita por João Serrenho, presidente executivo do grupo de tintas e vernizes, em declarações ao jornal ECO, onde explica que esta aposta vai permitir “fazer mais e mais rápido” naquela que é a principal área fabril do grupo.
“Esta zona aqui começou a trabalhar em 1965, já levou muitas voltas e acertos, e estávamos com alguns problemas de eficiência. Estamos a refazer tudo – a informatizar, a tirar algumas as máquinas mais obsoletas, a modificar os circuitos todos – e vai estar pronto no final do ano”, conta o empresário.
Do montante estipulado para o investimento, “se tudo correr bem”, o proprietário da CIN espera receber cerca de dois milhões de euros de fundos comunitários. “Nós não fazemos nada porque há dinheiro para se fazer. Fazemos o que temos de fazer. Depois se houver [apoios públicos], o diretor financeiro é que tem de ir ver isso, porque tem uma responsabilidade para com os acionistas”, ressalva.
Fundada em 1926, a CIN assumiu a liderança nacional do setor em 1992 e na Península Ibérica em 1995, sendo que em 2021 atingiu um volume de negócios consolidado de 365 milhões de euros. A 11.ª maior fabricante europeia de tintas e vernizes conta com a presença de dez fábricas em Portugal, Itália, Espanha, França, Angola e Moçambique, além de presença direta também na Polónia, México e África do Sul. Na Maia, onde está sediada, é onde se encontra a principal unidade de investigação e desenvolvimento (I&D) e o centro de distribuição para o mercado nacional.
Sem negociações diretas com a Rússia e a Ucrânia, “nunca nos tentámos [por essas geografias], são mercados pouco organizados e com umas estruturas que a gente não percebe”. É no mercado polaco, vizinho do conflito armado, que o grupo de tintas e vernizes sente “um desconforto claro” dos consumidores e perdas comerciais. De resto, o empresário nortenho revela que “o pior problema da guerra é que cria uma incerteza brutal e as pessoas começam a hesitar” nas decisões de investimento.