A Confederação que representa milhares de coletividades de cultura, recreio e desporto em todo o país fez saber que entregou um documento ao Governo com várias sugestões mas que o executivo “ignorou a totalidade das propostas apresentadas”.
A Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto (CPCCRD) fez saber que, a 12 de julho, entregou ao Governo “um conjunto de propostas que valorizam o papel e a atividade do movimento associativo popular”, tendo o contributo sido “ignorado”.
A organização que representa as 33 mil associações de todo o país acrescenta que leu o documento elaborado pelo Governo [OE2022] e que “não encontrou quaisquer verbas destinadas ao sector da Cultura, Recreio e Desporto Associativo”.
“Nem mesmo com o reforço da chamada bazuca financeira da UE houve a preocupação de ir ao encontro das necessidades das coletividades”, lamenta a organização. “Nesse sentido, a CPCCRD vai reencaminhar a proposta que o Governo ignorou para os grupos parlamentares com o objetivo de serem consideradas durante o debate do Orçamento do Estado na especialidade”, acrescentam.
Entre as propostas, a CPCCRD destaca a importância de “regularizar as relações de trabalho existentes e de criar mais emprego no associativismo através de um programa próprio”.
Outras das sugestões feitas referem a necessidade de apoios ao movimento associativo para as medidas de autoproteção contra incêndios, a isenção ou redução de alguns impostos no contexto da atividade associativa e apoios no âmbito do Ministério da Educação a entidades que promovam jogos tradicionais, assim como nas atividades recreativas e desportivas dentro do conceito “Desporto para Todos”.
O apoio financeiro às atividades desportivas, no período pós-pandemia, por via das Federações Desportivas, é também uma das propostas entregues ao Governo.