A partir desta segunda feira, o preço dos combustíveis líquidos como a gasolina e o gasóleo tiveram um aumento maior do que aquele que se previa. As principais gasolineiras do país reajustaram os preços à meia-noite do dia 7 de março e marcam agora custos superiores àqueles que tinham sido inicialmente estipulados.
Naquela que será a maior subida do preço dos combustíveis numa só semana, as três maiores cadeias de abastecimento em Portugal (BP, GALP, REPSOL) estão com os preçários semelhantes entre si, mas bem diferentes dos da semana passada.
Ao que tudo indicava, o gasóleo simples iria subir para 1,9 euros por litros, mas as principais cadeias de abastecimento marcavam esta madrugada preços em torno dos 1,95 euros por litro. Nos gasóleo de melhor qualidade, o custo por litro já ligeiramente superior a 2 euros por litro.
Ao contrário daquilo que inicialmente estava acordado, as gasolinas continuam mais caras que os gasóleos, o que faz com que também neste tipo de combustível os aumentos tenham sido superiores. As estimativas apontavam para um custo de 1,88 euros por litro de gasolina 95 mas as gasolineiras estão a aplicar um preço a rondar os 2 euros por litro. Já na gasolina 98, os preços estão fixados nos 2,1 euros.
Recorde-se que estes preços não são os mesmos em todo o país, nem em todas as redes de abastecimento, havendo postos com preços mais baratos do que os das grandes gasolineiras. Uma vez que os preços dos combustíveis não são fixados administrativamente, cada gasolineira pode fixar os seus preços.
As estimativas de aumentos de preços ficaram assim aparentemente abaixo dos preços reais, possivelmente porque as gasolineiras já anteciparam novas subidas do preço do petróleo, em resultado das sanções sobre a Rússia (terceiro maior produtor de petróleo do Mundo) após a invasão na Ucrânia.
Aliás, a abertura do dia dos mercados asiáticos esta segunda feira foi marcada por uma subida do valor do barril de Brent, que por momentos chegou a ultrapassar a barreira dos 139 dólares. Este preço foi atingido depois de a invasão da Ucrânia pela Rússia ter desencadeado o maior aumento em quase dois anos na semana passada, em que a matéria-prima acumulou uma valorização de 21%.