A estufa foi desmantelada em julho de 2019. Foram detidas três pessoas e apreendidas cerca de 1 tonelada de plantas e folhas de canábis em Pedrouços, na Maia.
Este processo começou a ser julgado durante a manhã de segunda-feira, dia 18 de maio, no tribunal de Matosinhos. Envolve três pessoas de nacionalidade estrangeira que, segundo o Ministério Público, cometerem crimes de tráfico de droga ao explorarem uma megaestufa de canábis na Maia, em 2018 e 2019, que geraram lucros milionários.
O tribunal vedou o acesso de jornalistas à sala de audiências, mas fonte envolvida no julgamento disse à agência Lusa que o único arguido ouvido na sessão da manhã “distanciou-se da posse e da propriedade do produto estupefaciente e do armazém“. O arguido diz que se limitou a levar comida três ou quatro vezes “para pessoas que estavam no armazém, deixando-a numa janela, sem entrar nas instalações”.
Além do crime de tráfico de droga, o MP requereu inda que dois destes suspeitos sejam condenados a pagar ao Estado um total de 640 569,83 euros “por corresponder ao valor do seu património incongruente, ou seja, aquele que se presume ter fundamento na prática de crime”.
Ao desmantelar a estufa, a PSP destacou a “enorme sofisticação” dos sistemas operados pelos arguidos demonstrando “experiência” na prática deste crime. A energia elétrica usada na produção de energia era subtraída clandestinamente ao sistema de distribuição da EDP.
Desmantelada estufa de canábis com mil metros quadrados na Maia