Decorreu na Maia, nos dias 12 e 13 de maio, no Complexo de Educação Ambiental Quinta da Gruta e no Salão Nobre da Câmara Municipal, o primeiro congresso para o futuro da agricultura e da alimentação em Portugal,
O Congresso “Food Futures – For Fair Food With Flavour” procura encontrar respostas aos desafios atuais da indústria agroalimentar. Promovido pela Associação Slow Food Porto, com o apoio do IPAM, contou com a presença do seu fundador, Carlo Petrini.
Carlo Petrini é o fundador do movimento internacional slow food. O jornalista italiano esteve na Maia, no congresso dedicado ao futuro da alimentação e da agricultura. O movimento criado por Carlo Petrini, pelo direito de abrandar o tempo de produção de alimentos, assim como o direito de cada pessoa poder governar o seu tempo, não esquecendo a aplicação de preços justos para produtores e consumidores, já lhe valeu vários reconhecimentos. Em 2004 a revista Time nomeou-o na lista dos “heróis” do ano e em 2013 a Organização das Nações Unidas (ONU) distinguiu-o com o prémio “Campeões da Terra”.
O movimento slow food iniciou-se em 1986, num protesto numa praça de Roma, contra a abertura de uma cadeia de fast food. entre os ativistas estava Carlo Petrini, que começou a promover a gastronomia tradicional em oposição à produção massiva de alimentos, defendendo não só a riqueza da diversidade no paladar, como mais e melhor saúde e um menor impacto ambiental. Partindo dos princípios “bom, limpo e justo” , o movimento está presente em mais de 160 países e supera os 80 mil associados.