O Dia de São Martinho celebra-se anualmente a 11 de novembro. A lenda é contada desde o séc. IV.
Em Portugal comemora-se o São Matinho com um magusto onde castanhas e jeropiga são convidadas de honra. A história que nos vêm contando remonta ao ano de 337 e à lenda que deu origem à expressão do “verão de São Martinho”.
“Reza a lenda” que durante um outono particularmente frio na europa, um cavaleiro gaulês (os gauleses eram populações celtas que habitavam em Gália, atualmente, de forma aproximada, trata-se do território ocupado pela França) regressava a casa quando encontrou um mendigo. O tempo era de tempestade e o mendigo pediu-lhe uma esmola. Ora, ao que tem vindo a ser contado, o cavaleiro, não tendo nada consigo, retirou das costas o manto que o aquecia, cortou-o ao meio com uma espada, e deu uma das metades ao mendigo.
Depois deste gesto, a tempestade terá desaparecido e o sol iluminou e aqueceu o espaço. Este dito “milagre” ficou conhecido como “o verão de São Martinho”. Facto é que, por várias vezes, os dias que antecedem o São Martinho são de sol e mais calor. Neste ano de 2019, curiosamente, trata-se de um dia de chuva e frio em várias zonas do país.
A 11 de novembro, o cavaleiro foi sepultado na cidade francesa de Tours, a sua terra natal, e por este motivo, a data foi a escolhida para celebrar o dia de São Martinho. Esta é uma celebração que ocorre numa época de colheita da castanha. Por questões práticas, essa será a razão para se incluir a castanha no cardápio do dia. O mesmo acontece por se beber o chamado vinho de São Martinho, um vinho novo proveniente das vindimas de setembro e outubro.
Para culminar as histórias e mitos, há ainda quem diga que a origem dos magustos está no Dia de Todos os Santos, a 1 de novembro. Pensa-se que se preparavam mesas com castanhas para que os espíritos dos familiares que já haviam morrido aparecessem e as pudessem comer.
Entre contos e lendas, a verdade é que hoje é dia de São Martinho. Também lhe contavam estas histórias?