A Câmara Municipal da Maia aprovou, na sexta-feira, dia 14 de abril, a prestação de contas de 2022 do Município. Os documentos foram aprovados por maioria, com o voto contra dos vereadores do PS.
Em comunica, a autarquia afirma que encerrou as contas com um “resultado líquido de 10.912.390 € (cerca de 11 milhões de euros) representa um aumento de 35% em relação a 2021. O município atingiu autonomia financeira de 91%”.
Em matéria de desempenho orçamental, a Câmara da Maia destacou que o total de receita cobrada líquida atingiu quase os 140 milhões de euros, o “que reflete uma taxa de execução de 104%”. A despesa total paga foi de 90 milhões de euros, resultando numa taxa de execução de 67,5%. O saldo para a gerência seguinte é de 49 milhões.
A despesa pública aumentam em 15 milhões de euros, face a 2021, que o município justifica com fatores como “a guerra na Ucrânia e a operacionalização plena do processo de descentralização de competências na área da educação. Isto a par da retoma das atividades municipais nas suas mais diversas áreas de atuação, em resultado do levantamento progressivo das medidas restritivas adotadas para combater a COVID-19”.
É ainda sublinado que “é na despesa corrente que se verifica o maior acréscimo”, que passou de 49 milhões para 65 milhões de euros, “proveniente, sobretudo, das variações da despesa com pessoal e da aquisição de bens e serviços”.
No que concerne à dívida, “no período compreendido entre 2017 e 2022, é visível uma trajetória decrescente ao alcançar uma redução na ordem dos 26,13 milhões de euros”, pode ler-se no comunicado. no final de 2022 a dívida situava-se nos 13. milhões, “o que em termos percentuais evidência um decréscimo de 66,2%”.
A Câmara da Maia sublinou ainda que “a 31 de março cessaram automaticamente os acordos/protocolos outrora celebrados com o Ministério da Educação no âmbito do ensino pré-escolar, da generalização do fornecimento de refeições escolares e das atividades de enriquecimento escolar, e consequentemente o envelope financeiro associado, sendo indispensável invocar o défice de financiamento oriundo da administração central”.
António Silva Tiago, Presidente da Câmara Municipal, afirmou que a autarquia apresenta uma “situação económico-financeira de reconhecida solidez e robustez”, devido à gestão de “rigor e responsabilidade”.
“Temos contas certas, contas equilibradas, resultantes de gestão acertada e ponderada das nossas disponibilidades financeiras, o mesmo é dizer que sem qualquer aventureirismo, mas contas que não nos coíbem a iniciativa nem tolhem a nossa capacidade de investimento”, afirma Silva Tiago.
O comunicado refere ainda que segundo “dados divulgados pelo “Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses”, relativo ao exercício 2021, recentemente publicado pela Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC),o Município da Maia permanece destacado em 3º lugar, a nível nacional, em matéria de eficiência financeira global e no distrito do Porto, a Maia subiu de posição assumindo claramente a liderança, ocupando o 1º lugar”.
2 comentários
Eu também consigo engordar a minha carteira se der fome há minha família. A Câmara está para fazer obras nos Passeios do Jardim na Rua do Serrado e Travessa do Serrado São Pedro Fins Maia há 5 anos e até hoje nada. Por isso a carteira engorda e as pessoas a cair com os Passeios levantados a parece mais que os nossos impostos não são iguais ao da Cidade. Ou será que estamos no extremo da Maia é pertencemos a Valongo ? Já fico com dúvidas.
Será que estes comentários terão algum efeito ?