Afluência acima do normal levou a que alguns produtos esgotassem. Bens de primeira necessidade são os mais procurados.
A Direção-Geral da Saúde apela à calma e ao consumo razoável e a diretora-geral de Saúde pediu contenção. “Não devemos chegar a este ponto. Quanto mais não seja, que se recorra à horta do amigo. Não açambarquem!”, frisou anteontem, Graça Freitas durante a audição parlamentar. No entanto, o receio de ficar de quarentena e de que os supermercados encerrem provocou correria a estas lojas.
Na Maia, durante os últimos dias, foi possível ver prateleiras de alguns híper e supermecados vazias, essencialmente na secção dos enlatados, da massa e do papel higiénico. À semelhança do que aconteceu durante a crise dos combustíveis, o medo e a falta de informação levaram a que os stocks chegassem mesmo a esgotar temporariamente.
Em comunicado, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), reportou um “maior afluxo repentino” associado ao surto do Covid-19. A APED adianta que o setor ainda não saiu da normalidade. “Os associados da APED têm registado um aumento da procura de produtos, tendo sido sempre assegurada a sua reposição. Este aumento é semelhante ao registado em situações anteriores e compreensível pelas medidas assumidas para controlo da situação e que implicam a permanência dos consumidores nas suas casas”, explicou a associação.
No Auchan da Maia, as massas, o arroz, os enlatados e o papel higiénico foram os produtos mais procurados.
Já no Continente Maia Jardim, formaram-se filas com largas dezenas de carrinhos de compras, que se estendiam loja dentro.
No Mercadona da Maia, ficaram vazias as zonas das carnes embaladas, dos legumes, da fruta e dos vegetais frescos.