Segundo a associação “só protegidos os bombeiros poderão continuar a trabalhar na linha da frente”, alertando para centenas de bombeiros em isolamento.
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) considerou, esta segunda-feira, que “só a antecipação imediata” do processo de vacinação dos bombeiros poderá salvaguardar as dificuldades sentidas por estes elementos que atuam na primeira linha do combate à pandemia de Covid-19.
Em comunicado, a LBP entende que só assim os bombeiros poderão manter-se na primeira linha da frente e corresponder ao aumento, em número e complexidade, de pedidos de intervenção no combate à pandemia. Por outro lado, diz ainda a LBP, o acelerar do processo de vacinação será “única forma de debelar ou pelo menos mitigar a indisponibilidade do número de bombeiros que se encontram infetados com a Covid-19”.
A LBP apela ainda ao Governo para a definição de novas medidas de confinamento ou o agravamento das existentes para se poder conter a pandemia com “mais eficácia”, evitando assim o esgotamento das infraestruturas existentes e, em particular, dos meios humanos que nelas se encontram também na primeira linha: médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde.
Em nome dos bombeiros portugueses, a LBP dirige a todos os outros profissionais da linha da frente “uma palavra de respeito e incentivo”, reiterando que os bombeiros também se manterão na primeira linha para em conjunto vencerem a pandemia.
Esta segunda-feira, também a Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) exigiu a vacinação das equipas que lidam com doentes Covid-19, alertando que há cada vez mais bombeiros infetados com o coronavírus e que há um risco de alguns quartéis fecharem.
Novo máximo de mortes (218) e 10455 novos casos
Morreram mais 218 pessoas e há 10455 novos casos de infeção nas últimas 24 horas. No total, já morreram 9246 pessoas, havendo um total de 566958 pessoas que testaram positivo. O número de recuperados é de 421871, tendo subido 10282 desde ontem.
Há registo de mais 126 internamentos em enfermaria e mais seis doentes em cuidados intensivos. No total, estão agora internadas 5291 pessoas, 670 das quais em cuidados intensivos. A região de Lisboa e Vale do Tejo acumulou 88 das 218 mortes registadas nas últimas 24 horas, tendo a região Norte registado 51 óbitos. Na região Centro foram registadas 55 vítimas mortais, no Alentejo 17 e no Algarve cinco. A Madeira registou ainda dois óbitos.