O intervalo é agora de 8 semanas e os utentes devem aguardar contacto para o agendamento da segunda toma.
A Direcção-Geral da Saúde decidiu encurtar, de 12 para oito semanas, o intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina da AstraZeneca.
A decisão foi tomada com o intuito de garantir “mais rápida proteção” perante a transmissão de novas “variantes de preocupação” do vírus SARS-CoV-2, segundo a DGS.
Os utentes que já receberam a primeira dose da vacina da AstraZeneca devem aguardar o contacto das autoridades de saúde para receber a segunda dose e completar o esquema vacinal, comunicou na passada quinta-feira, 17 de junho, a ministra Mariana Vieira da Silva.
O plano logístico de vacinação está já a ser adaptado a estas novas recomendações, segundo Valter Fonseca, coordenador da Comissão Técnica de Vacinação Contra a Covid-19 da Direcção-Geral da Saúde.
“A importância da administração da segunda dose da vacina da AstraZeneca é fundamental para conferir a máxima proteção às pessoas que estão a ser vacinadas com esta vacina, sobretudo, para fazer frente a novas variantes de preocupação como a variante Delta”, associada à Índia, explicou.
A norma da DGS “Campanha de Vacinação contra a Covid-19: Vacina Vaxzevria”, publicada na passada quinta-feira, 17 de junho, foi também baseada nos dados de que “a eficácia desta vacina mantém-se muito elevada neste intervalo entre doses”, adiantou Valter Fonseca.
E ainda na passada terça-feira, 15 de junho, a comissária europeia para a Saúde, Stella Kyriakides, explicou que “têm surgido provas de que as variantes — nomeadamente a variante Delta — diminuem a força do escudo protetor fornecido pelas vacinas, especialmente quando a vacinação ainda não é completa”.