O coordenador do plano de vacinação explicou que “dentro de duas a três semanas” será possível a vacinação diária de 100 mil pessoas.
O coordenador do plano de vacinação afirmou esta terça-feira, 20 de abril, a possibilidade de, “dentro de duas a três semanas”, ser possível vacinar em média 100 mil pessoas diariamente. Um processo que será “complexo” pela rapidez e número de doses a administrar.
“Imaginem o que é ter um processo que mete 1% da população portuguesa todos os dias num determinado local para ser vacinada, de forma organizada e sem perturbações. Sete dias por semana sem cansaço e sem descansos”, explicou Gouveia e Melo num debate online que marcou o início da campanha nacional “Conversas com Cientistas – Décadas de Ciência para Dias de Vacinas”.
O coordenador da Task Force que orienta a vacinação contra a covid-19 esclarece que a segunda fase da vacinação está a ser organizada e testada e que as “indicações são positivas”, acrescentando ser necessário vacinar um grande número de pessoas por dia, já “dentro de duas a três semanas”, de modo a utilizar todas as vacinas que o país vai receber.
Segundo Henrique Gouveia e Melo, “passamos de uma fase de detalhe para uma fase em que a fluidez do processo é a coisa mais importante”, salientando que esta segunda fase do plano de vacinação “tem como objetivo libertar a economia e libertar os portugueses deste vírus”.
Gouveia e Melo adiantou também que Portugal está a vacinar a ritmo “muito acelerado”, face às vacinas que tem disponíveis, o que faz com que o stock destes fármacos seja apenas o “mínimo de reserva para garantir as segundas doses mais imediatas”.
“Nós estamos a passar da fase de menor disponibilidade de vacinas, em que a grande preocupação era concentrar as vacinas nas pessoas mais frágeis, para uma fase de maior disponibilidade, em que a preocupação é libertar as pessoas desta pandemia e libertar a economia”, aponta o responsável da Task Force.
Segundo disse, esta segunda fase vai obrigar a um agendamento de “100 mil pessoas todos os dias de forma correta e sem falhas”, o que levou à criação de um sistema de Auto agendamento da vacinação, “evitando ser o sistema central a encontrar as pessoas” para o processo de vacinação.
“Este é um processo complexo por dois fatores que se unem: a necessidade de criar um processo massivo, em que temos de dar 20 milhões de injeções, e também pelo facto de ser urgente, face ao curto espaço de tempo em que queremos fazer isso”, afirmou.