Vários empresários e colaboradores da restauração e hotelaria saíram hoje à rua contra as novas medidas decretadas do governo, que segundo o Primeiro-ministro António Costa, são “duras para a restauração”.
O protesto, que foi organizado de forma orgânica, via redes sociais, começou pelas sete da manhã, na Avenida dos Aliados, na cidade do Porto. Munidos de “pão e água”, nome desta manifestação que pretende retratar o estado que consideram que se encontra o setor, empunhavam cartazes, pães, água, enquanto uma ruidosa caravana circulava pelas ruas em marcha lenta.
Os profissionais pretendem chamar a atenção para o que consideram ser uma discriminação e a morte de muitos estabelecimentos.
As medidas aplicadas pelo governo são particularmente incidentes na restauração. António Costa, em conferência de imprensa, reconheceu o forte impacto que as novas limitações impostas pelo governo têm no setor da restauração e comércio: “é uma medida duríssima para estes setores”.
Os empresários até admitem um possível encerramento dos restaurante, mas pedem contrapartidas. Pedro Maia, proprietário de dois restaurantes na Maia, afirmou aos jornalistas que o governo pode “perdoar a segurança social”, dar “layoff”, ou ajudar a “pagar as rendas”, dando ainda o exemplo das medidas na Alemanha que apoia até “70% da faturação”.
Os empresários deixaram ainda um alerta. Caso as medidas se prolonguem no tempo, serão ainda mais os restaurantes a fechar.