A CP – Comboios de Portugal propôs a reativação do serviço de passageiros na Linha de Leixões, entre Leça do Balio e Campanhã, no Porto.
A empresa sugere a construção de duas novas estações para servir o Hospital São João e a sede da Efacec. A proposta foi apresentada durante a conferência “A Abertura da Linha de Leixões”, integrada no evento Entre Linhas – Festa do Ferroviário, em Ermesinde.
Segundo Pedro Ribeiro, administrador da CP, citado pela Rádio Renascença, a reativação poderia ser feita através da extensão dos comboios oriundos das estações de Granja, Ovar e Aveiro, na Linha do Norte. Atualmente, esses comboios urbanos têm como destino final a estação de Campanhã. A empresa estima que poderá oferecer um comboio por hora em cada sentido.
O estudo da CP prevê que, numa primeira fase, as estações servidas seriam Campanhã, Contumil, São Gemil, Hospital São João, São Mamede de Infesta, Arroteia e Leça do Balio. A estação da Arroteia serviria a sede da Efacec, onde trabalham cerca de duas mil pessoas.
De acordo com projeções da CP, a procura anual estimada é de 1,6 milhões de passageiros, distribuídos pelas diversas estações. Numa segunda fase, poderão ser consideradas novas paragens, como o apeadeiro de Guifões e a estação terminal de Leixões.
José Eduardo Pena, da Direção de Planeamento Estratégico da Infraestruturas de Portugal, confirmou igualmente à Renascença, que a duplicação da linha não está prevista e estimou um prazo de “um, dois anos” para a construção dos apeadeiros necessários para a reabertura da linha.
No entanto, o projeto não inclui uma interligação ao Metro do Porto nem um ramal de ligação ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, que fica a cerca de dois quilómetros de distância da linha.