Um menino de 9 anos, residente na Maia, terá sido vítima de falhas no serviço da Linha SNS 24, que enviou à família uma SMS com informações incorretas sobre a urgência para onde deveria ser levado. A situação gerou desorientação e atrasos no atendimento médico.
A manhã de segunda-feira, 23 de dezembro, começou de forma atribulada para a família de uma criança de 9 anos que vive na Maia. De acordo com a SIC Notícias, após uma noite de febre alta, tonturas e falta de força nas pernas, a mãe decidiu ligar para a Linha SNS 24 às 7:30. O serviço encaminhou a criança para uma urgência em Famalicão, mas a SMS recebida pela família apresentava uma morada errada e informações confusas sobre a unidade hospitalar.
“Perguntaram-nos de que distrito éramos e disse que era do Porto, mas talvez por estarmos inscritos num centro de saúde na Trofa, fora do nosso concelho de residência, tenhamos sido encaminhados para uma unidade de outro distrito”, relatou à SIC Notícias.
Ainda de acordo com o mesmo canal, a mensagem referia o “CAC – ULS Médio Ave”, com a morada “Rua 25 de Abril, apartado 6, Riba de Ave”, sem incluir um contacto telefónico ou indicação clara do hospital. Ao tentarem encontrar a unidade, a família acabou desorientada numa longa rua sem sinais do destino correto.
O hospital em questão era o Narciso Ferreira, uma unidade da Misericórdia com protocolo com o Hospital de Famalicão. Contudo, essa informação nunca foi transmitida pela linha SNS 24, nem na mensagem nem nas chamadas subsequentes.
Segundo o mesmo órgão, após novas tentativas de contacto, foi sugerido que se deslocassem ao serviço de atendimento prolongado em Famalicão, mas a unidade estava fechada. Por iniciativa própria, a família dirigiu-se ao hospital de Santo Tirso, onde uma funcionária conseguiu estabelecer nova ligação com a Linha SNS 24. Apenas então a criança foi referenciada para o Hospital de São João, no Porto, a poucos quilómetros da sua residência.
“Do São João estou a 10 ou 15 quilómetros, mas de Famalicão são 40. Não faz sentido. Se o meu filho tivesse outra crise, não sei como seria. Estávamos desorientados numa rua qualquer sem saber onde estávamos”, desabafou a mãe à SIC Notícias.