O Tik Tok é a rede social do momento e tem, ao longo do último ano, ganho inúmeros adeptos em todo o mundo. Saiba como as decisões governamentais poderão colocar em risco o futuro desta rede social.
O Tik Tok começou a fazer sucesso entre os mais jovens há algum tempo e, durante a pandemia do Covid-19, esta foi uma rede cujo crescimento foi visível. Marcando, neste momento, a tendência, o Tik Tok passou a estar no centro das atenções da geração digital, ultrapassando até, em alguns momentos, as interações de redes como o Twitter ou o Facebook.
Esta aplicação de origem chinesa tem sido utilizada para vários fins lúdicos e explorada, por empreendedores de todo o mundo, como forma de garantir rendimentos extra. Na verdade, embora este não seja o propósito principal da rede, existem cada vez mais pessoas que procuram as melhores formas de ganhar dinheiro com TikTok.
Neste momento, apesar da grande popularidade da marca, principalmente junto da camada mais jovem da população, a rede social enfrenta grandes dificuldades devido à aplicação de medidas políticas um pouco por todo o mundo.
Tendo começado com aprovação da nova lei chinesa de segurança nacional para Hong Kong – que pressupõe a necessidade de cedência de informação sensível sobre os utilizadores das redes sociais – esta situação viria a levar vários países do mundo a ponderar a colocação de restrições no uso do Tik Tok para salvaguardar a sua própria segurança nacional.
O culminar desta situação aconteceria recentemente, com as declarações de Donald Trump, onde o líder dos Estados Unidos da América ponderou ordenar o bloqueio da aplicação, restringindo o seu acesso e acusando a plataforma de colocar em causa a segurança nacional americana. Neste sentido, a rede seria colocada na mesma na lista negra onde se encontra, também, a Huawei.
Venha compreender o ponto da situação que o Tik Tok vive no momento atual e o que pode esperar-se do futuro para esta aplicação.
A rede social Tik Tok
A aplicação de partilha de vídeos Tik Tok, muitas vezes encarada como a mais recente rede social, foi criada e pertence a uma empresa chinesa, a ByteDance, que se encontra sediada em Pequim.
Defensora da soberania do ciberespaço, a China excclui muitas das plataformas estrangeiras, tais como o Twitter, o Facebook e o Instagram, da sua rede chinesa. A rede chinesa é, sem dúvida a que alberga um maior número de pessoas, com 710 milhões de utilizadores.
Além das fronteiras chinesas, o Tik Tok ganharia uma popularidade além do expectável, atingindo os 800 milhões de usuários, em janeiro de 2020.
Na china, a ByteDance apresenta uma aplicação muito similar ao Tik Tok e que tem, alegadamente, compartilhado os dados dos utilizadores com autoridades locais. Esta informação, a par com a aprovação da nova lei chinesa de segurança nacional para Hong Kong (região que mantinha a liberdade de acesso à Internet, contrariamente à China Continental) causou desconforto político em vários países do mundo, fazendo com que o Tik Tok tenha necessitado de se defender quanto a estas acusações.
Os argumentos chineses para a aprovação desta lei prenderam-se com a facilidade de deteção e punição de atos de subversão, conluio, secessão e terrorismo de potenciais forças estrangeiras passiveis de colocar a segurança do país em risco.
Olhares mundiais sobre o Tik Tok
Ainda que as recentes declarações de Donald Trump sejam o motor da temática, a verdade é que não são apenas os Estados Unidos da América a manifestarem desagrado no que diz respeito à aplicação Tik Tok.
O bloqueio a funcionalidades ou mesmo à rede social foi algo que vários países já fizeram ou ponderaram fazer. Na Índia, esta aplicação foi considerada prejudicial para a integridade e para a soberania, sendo que a aplicação terá sido acusada, inclusivamente, de fazer transmissões indevidas e não autorizadas de dados de alguns dos seus inscritos para outros servidores internacionais, localizados fora da Índia. A mesma razão fez com que a Austrália considerasse a aplicação de restrições à marca, por motivos de segurança.
Na América, além das declarações presidenciais, Mike Pompeo, o secretário de Estado, terá já alertado os cidadãos americanos para terem cautela no uso do Tik Tok, afirmando que o Partido Comunista Chinês poderá receber informações privadas através do uso da mesma.
A resposta das restantes redes sociais
A exigência de informações por parte do governo chinês fez com que o Facebook, o Twitter e a Google afirmassem já que não cederão, recusando-se a fornecer qualquer tipo de informação sobre os seus utilizadores ao governo e às autoridades de Hong Kong.
Esta situação, gerada pela aprovação da nova lei chinesa de segurança nacional para Hong Kong, motivou estas plataformas internacionais a orientar as suas equipas para a análise da legalidade da situação, sendo que os seus serviços poderão vir a ser suspensos.