O novo confinamento voltou a parar a maioria da atividade desportiva, principalmente dos mais jovens. Na Maia, apesar da paragem, os clubes adaptaram-se e a atividade continua de forma online.
O novo confinamento voltou a parar a maioria da atividade desportiva, principalmente dos mais jovens.
A época já começou de forma atípica, com as camadas mais jovens sem competição e os treinos de máscara e sem contacto. Mas, se já estava difícil manter a motivação, o novo confinamento veio novamente colocar à prova a força destes jovens desportistas.
O NOTÍCIAS MAIA falou com três clubes do concelho, de voleibol, basquetebol e futebol, para compreender como tem sido feita esta gestão de emoções dos atletas. Uma coisa têm em comum: não pararam e continuam a esforçar-se para que o desporto chegue aos atletas.
Grupo Desportivo e Cultural de Gueifães
Américo Silva, Presidente do Grupo Desportivo e Cultural de Gueifães, explica que, em termos de competição, “neste momento está tudo parado” mas que tem sido feito um grande esforço para manter a atividade dos atletas.
Em setembro todos os escalões estavam a treinar mas, desde 15 de janeiro, os treinos passaram para o ecrã. Este formato de treinos online acaba por ser mais físico mas, questionado sobre a adesão dos atletas, o presidente garantiu que os desportistas “colaboram” e que, sendo em casa, “há inclusive alguns pais que se juntam”.
No Voleibol de Gueifães todos os cerca de 250 atletas e 20 treinadores estão inscritos na Federação. Mesmo sem competição, a inscrição garante um seguro para os atletas.
Américo tem esperança “ que os pavilhões possam abrir em breve” mas, até lá, o clube vai continuar no formato digital.
Questionado sobre a desistência de atletas da época anterior para esta, o presidente do Gueifães explicou que foram “poucos os que desistiram” e que a grande diferença está na afluência de novos atletas, principalmente do escalão onde estão os mais pequeninos.
Maia Basket Clube
Também no Maia Basket Clube, “todos os nossos atletas estão inscritos na Associação e na Federação por uma questão de seguro desportivo”, explica o presidente Rui Lopes.
Mesmo com a pandemia, o clube conseguiu que todos os escalões iniciassem os treinos no início da época. Ainda assim, apenas os séniores têm competição.
“Não há competição para jogar, é difícil manter a motivação” explica o presidente sublinhando que esta situação é “desmotivante para todos”.
Aqui, durante o novo confinamento, o clube também continua com atividade, com os treinos por vídeo chamada.
No caso do Maia Basket, a perda de atletas foi maior. Rui Lopes fala uma diferença entre 20% a 30% entre não inscrições na nova época e desistências desde agosto. “Contamos com cerca de 120 atletas agora”, termina o responsável.
Futebol Clube de Pedras Rubras
No Futebol Clube Pedras Rubras, o cenário é ligeiramente diferente, no sentido em que o clube optou por não inscrever as camadas mais jovens na federação. Alfredo Santos explica a decisão pelo facto de não haver competição.
“A única equipa que está a treinar é a sénior A, que está no Campeonato de Portugal”, explica o presidente. Ainda assim, os atletas de formação vão tendo alguma atividade física também através das plataformas digitais “para não estarem totalmente parados”.
Sobre a adesão dos atletas às atividades em formato digital, o presidente diz que ronda os “80%”.
“Nós continuamos na mesma maneira com esperança de continuar”, espera o responsável, completando que, de momento, “estamos à espera de orientações da Federação”.