O grupo parlamentar do PSD pediu esclarecimentos à ministra da Saúde sobre a autorização e a base científica da campanha da Direção-Geral da Saúde (DGS) que utiliza a expressão “pessoas que menstruam” em vez de “mulheres”.
O grupo parlamentar do PSD solicitou esclarecimentos, esta quarta-feira dia 24 de julho, à ministra da Saúde, sobre a campanha da Direção-Geral da Saúde (DGS) intitulada “Vamos falar de menstruação?”, cujo objetivo é realizar um diagnóstico sobre a saúde menstrual em Portugal. A polémica centra-se na utilização da expressão “pessoas que menstruam” em vez de “mulheres”.
O PSD sublinha que a DGS “optou pela expressão pessoas que menstruam” numa campanha que gerou contestação e polémica junto da sociedade civil. A mudança de terminologia, segundo o PSD, deriva de uma ideologia específica e não de fundamentos científicos.
“Sucede que a mudança de linguagem deriva da ideologia defendida por alguns e não da ciência. Parece-me que uma entidade como a DGS, pelos seus propósitos e razão de existência, deveria ser a primeira entidade a usar a ciência como base para a sua atuação”, afirmou o deputado Bruno Vitorino, autor da pergunta dirigida à ministra.
O partido pretende saber se a ministra da Saúde autorizou os termos em que a campanha foi lançada e quais as bases científicas que sustentaram a substituição da palavra “mulher” por “pessoa que menstrua”. A iniciativa do PSD visa esclarecer a fundamentação desta “nova interpretação” adotada pela DGS.
1 comentário
Acho que a DGS ainda está a ser muito segregadora a uma parte da população, isto é algo completamente inaceitável de uma entidade que se diz ligada à saúde. Então, e as pessoas que se identificam como animais e menstruam?
Que tal terem usado “seres que menstruam” ou “os/as/es/… que se identificam com ciclos menstruais”? Seria muito mais inclusivo.