Por altura do Dia dos Namorados, a PSP lança a operação “No Namoro Não Há Guerra”, focada na prevenção da violência doméstica e no namoro, especialmente entre os jovens.
Com o intuito de assinalar o Dia dos Namorados e promover a consciencialização sobre a violência no namoro, a Polícia de Segurança Pública (PSP) intensifica os seus esforços através da operação “No Namoro Não Há Guerra”. Esta iniciativa, dirigida a jovens entre os 13 e os 18 anos, pretende não só sensibilizar mas também fornecer ferramentas para o reconhecimento e prevenção de comportamentos abusivos em relações afetivas.
Nos últimos cinco anos, a PSP registou um total de 9.923 denúncias relativas a violência no namoro, com uma tendência decrescente anual no número de queixas: de 2.185 em 2019 para 1.363 em 2023. Apesar da diminuição, os números sublinham a persistência da problemática e a necessidade de uma intervenção contínua.
A violência no namoro abrange várias formas de abuso, incluindo físico, psicológico, social, sexual e económico. Comportamentos como injúrias, ameaças, ofensas, agressões, humilhações, perseguições e invasão de privacidade são indicativos de relações abusivas. A PSP alerta ainda para a tentativa de controlo sobre as escolhas pessoais do(a) parceiro(a), como vestuário e interações sociais, como sinais de alerta.
A operação “No Namoro Não Há Guerra” engloba ações de sensibilização levadas a cabo pelos Polícias afetos ao Programa Escola Segura, abrangendo mais de 4.500 iniciativas nos últimos cinco anos letivos e envolvendo cerca de 95 mil alunos.
Para reforçar o apoio a vítimas de violência doméstica, a PSP criou as Estruturas de Atendimento Policial a Vítimas de Violência Doméstica (EAPVVD), com 19 unidades distribuídas por todo o país, visando proporcionar um atendimento especializado e privado.
A PSP encoraja a denúncia de situações de violência, disponibilizando canais específicos para apoio e sinalização de casos, como [email protected] ou [email protected]. O apelo estende-se a vítimas, testemunhas e qualquer pessoa com conhecimento de casos de violência, seja no namoro ou em outros contextos.