“Ao longo dos últimos meses tem sido politicamente penosa a atuação da senhora Ministra da Saúde e da Diretora-Geral da Saúde”, considera o líder da Distrital do PSD do Porto.
“Das conferências de Imprensa contraditórias, à má gestão da pandemia. Da falta de planeamento e de organização da segunda vaga, ao caos instalado no SNS. Tudo tem corrido mal. E não tinha de ser assim”, afirma Alberto Machado, em comunicado.
Para o líder da Distrital laranja, o Ministério da Saúde e a Direção-Geral da Saúde (DGS), não preparam os Centros de Saúde, nem os Centros Hospitalares, para a segunda vaga da pandemia do novo coronavírus: “Ao invés de, ao longo destes meses se terem organizado os cuidados de saúde primários, dando mais músculo aos Centros de Saúde, tanto ao nível dos recursos humanos como operacionais (centrais telefónicas, veículos, impressoras …) e de, ao nível hospitalar se terem encontrado soluções para os ventiladores (aos quais faltam peças!), para o apoio hospitalar de retaguarda e para o reforço das equipas. O Governo facilitou e até encontrou um “milagre” onde se devia ter encontrado “o tempo” para preparar a iminência da segunda vaga.“, referiu Alberto Machado.
O também Deputado à Assembleia da República considera que “é por demais evidente o descontrolo do Governo e em particular do Ministério da Saúde que se encontra à deriva, já sem capacidade de decisão e sem estratégia”.
Como exemplo, sublinha que “as medidas anunciadas pelo Governo refletem o alijar das responsabilidades do Estado, colocando-as sobre os Portugueses e as suas empresas”.
Medidas que limitam a vida das famílias e da atividade económica, que “correm atrás do prejuízo” quando o Governo não foi capaz de adotar medidas que disciplinem e obriguem o próprio Estado a cumprir o seu dever de liderar um País.
“O Governo não providenciou o cumprimento das medidas sanitárias nas escolas”
Alberto Machado elenca várias falhas ao Governo de António Costa, entre as quais, a falta de medidas sanitárias nos transportes públicos, nas escolas, a falta de cumprimento das regras internacionais de testagem, a falta de reforço das equipas de rastreio e de combate à disseminação da Covid-19, afirmando que “vem tarde a testagem massiva nos lares, escolas e hospitais”, e ainda a incapacidade em ouvir os especialistas e tomar decisões em função da componente técnica e científica.
O líder afirma que o governo “podia ter aumentado a frequência e a quantidade de veículos, para conseguir limitar o número de pessoas nos autocarros, metro e comboio”, “podia ter reduzido o número de alunos por turma, ao contrário de obrigar muitas escolas a ter turmas completas, “podia testar, com regra, todos os contactos feitos por que teste positivo”, “podia ter reforçado as equipas de saúde pública, os profissionais dos centros de saúde e dos hospitais”, “e podia colocar outros profissionais a fazer as chamadas do trace-covid, libertando médicos e enfermeiros para o atendimento aos doentes”.
No vasto leque de defeitos que encontra na atuação do Governo, Alberto Machado afirma ainda que “vem tarde o acordo com o setor hospitalar social e privado. E vem tarde a mobilização dos funcionários públicos e dos militares para apoiar o rastreio das cadeias de transmissão”, o que considera serem “medidas fundamentais para parar a disseminação deste vírus”.
“A senhora Diretora da DGS afirmou que “algumas pessoas vão ficar sem a vacina da gripe”, quando ainda nem há um mês a senhora Ministra da Saúde dizia que não iriam faltar vacinas. A descoordenação e a ignorância da real situação está, agora, ainda mais, à vista de todos!”, rematou.