O Jornal de Notícias noticiou esta segunda-feira, dia 9 de outubro, que um professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) foi suspenso por dois meses após ter tido uma “relação íntima” com uma aluna estrangeira de 20 anos. Este caso foi reportado em abril de 2022 pela estudante.
A estudante, em contacto com a direção da FLUP, acusou o professor de abuso sexual e violação. Entretanto, a queixa criminal levantada foi posteriormente retirada pela própria aluna. Ela tinha relatado anteriormente que foi pressionada a manter relações sexuais e a praticar atos indesejados durante dois meses no gabinete do docente e na sua residência.
Apesar das acusações de abuso sexual e agressão não terem sido confirmadas no processo disciplinar, uma fonte oficial da FLUP confirmou ao Jornal de Notícias que o professor manteve uma relação com a estudante durante o período em que era responsável pelo seu ensino e avaliação. Isto resultou numa infração aos princípios de imparcialidade e zelo inscritos na Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas.
O reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira, decretou uma suspensão de 60 dias ao docente. Adicionalmente, a estudante afirmou que foi coagida a manter relações sexuais frequentes e que enfrentou ameaças e chantagens.
António Ínsua Pereira, um dos advogados do professor, refutou veementemente as acusações, alegando que estas não têm fundamentação e que o seu cliente tem uma “carreira imaculada”. O docente, segundo o relato da estudante ao Jornal de Notícias, já retomou as suas funções.