Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, anunciou a sua demissão em declaração aos jornalistas sem direito a perguntas, esta sexta-feira, dia 3 de dezembro, a sua demissão.
A decisão surge no dia em que o Ministério Público anunciou que acusou o motorista de Eduardo Cabrita de homicídio por negligência, por ter atropelado mortalmente um trabalhador na A&, entre Estremoz e Évora. Acidente aconteceu a 18 de junho de 2021.
Eduardo Cabrita, que ia no banco de trás declarou aos jornalistas que era apenas “um passageiro”.
“Sou ministro da Administração desde outubro de 2017, assumi estas funções num contexto particularmente difícil para o país em verdadeira situação de trauma nacional na sequência dos incêndios que provocaram a morte a mais de uma centena de PTS. Desde então tenho trabalhado intensamente para assegurar que Portugal é um país seguro nas suas várias dimensões”, começou por declarar Cabrita.
O agora ex-Ministro afirmou que se manteve no cargo nos últimos meses com a solidariedade de António Costa, mas que a partir de agora não pode permitir que o “aproveitamento político” seja utilizado para “condicionar a atuação do Governo”, António Costa “ou mesmo o Partido Socialista”.
“Eu sou passageiro”, afirma Eduardo Cabrita sobre o acidente que se deu a 166km/h
