Desde a nacionalização em 2020, a Efacec tem assistido a uma notável redução no seu quadro de pessoal altamente qualificado, com destaque para a perda de 45% dos seus mestres e doutorados entre 2019 e 2023. A empresa também viu diminuir o número de licenciados e bacharéis.
A Efacec, uma das mais emblemáticas empresas portuguesas no sector da engenharia e tecnologia, tem enfrentado um período desafiante desde a sua nacionalização, em 2020. Dados recentes, divulgados pelo jornal Público, indicam uma diminuição no número de trabalhadores altamente qualificados nos últimos quatro anos. Especificamente, a empresa registou uma queda de 45% nos mestres e doutorados que compõem o seu quadro de colaboradores, comparando o final de 2023 com o ano de 2019.
Além disso, verificou-se uma redução de 23% no número de licenciados, 41% nos bacharéis e 11% nos trabalhadores com formação até ao nível secundário. Estas estatísticas refletem um total de 587 colaboradores que deixaram a Efacec durante este período, o que representa cerca de 23% do total de funcionários.
O ano de 2020, marcado pela nacionalização da empresa, foi particularmente crítico, com a saída de quase 100 mestres e doutorados, além de um número semelhante de licenciados. Curiosamente, nesse mesmo ano, houve um ligeiro aumento de 13 bacharéis contratados, o que não foi suficiente para inverter a tendência de decréscimo geral no pessoal qualificado.
Apesar da intervenção do Estado ter evitado a falência da empresa, o aumento progressivo no número de saídas desde então aponta para desafios significativos na gestão de recursos humanos e na manutenção de um ambiente de trabalho atrativo para profissionais altamente qualificados.