A Efacec, sob nova direção do fundo alemão Mutares, anunciou uma reestruturação profunda que inclui o despedimento coletivo, afetando principalmente as unidades de Ambiente e Renováveis na Maia.
A Efacec enfrenta um momento de transformação significativa. Numa comunicação realizada na quinta-feira, dia 21 de março, através de Teams, a direção, agora nas mãos do fundo alemão Mutares após a reprivatização em novembro, delineou um novo plano estratégico focado em rentabilizar a operação. Este plano contempla o abandono das áreas de negócio consideradas não rentáveis, com especial incidência nas unidades de Ambiente e de Energias Renováveis, tradicionalmente dedicadas aos projetos e instalação de parques solares.
A informação foi avançada pelo Expresso, sendo que a decisão surge no contexto de uma profunda reestruturação interna que visa otimizar os recursos da empresa, juntando algumas das suas áreas e potencialmente desencadeando um despedimento coletivo que poderá afetar até uma centena de trabalhadores.
A mudança estratégica surge no seguimento da reprivatização ocorrida em novembro, depois de, em 2020, o governo ter nacionalizado 71,73% da empresa no âmbito do caso Luanda Leaks. Com um foco renovado na mobilidade elétrica, automação e transformadores, a Efacec pretende ajustar a sua estratégia para assegurar uma margem de EBITDA marginalmente positiva.
Além da redefinição das áreas de atuação, o plano inclui uma revisão de todas as operações e filiais, apontando para uma racionalização de custos com o intuito de restaurar o equilíbrio financeiro e revitalizar a atividade empresarial. Espera-se que os resultados desta reestruturação sejam apresentados já em 2024.