Após 28 anos a trabalhar na cooperação transfronteiriça, o Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular vai evoluir para o desenvolvimento local conjunto entre cidades do Norte de Portugal e da Galiza.
O Eixo Atlântico acordou ontem, 10 de fevereiro, na assembleia dos 39 municípios e deputacións que o integram, mudar a sua estratégia. Depois de 28 anos a trabalhar na cooperação transfronteiriça, evolui para o desenvolvimento local conjunto entre cidades do Norte de Portugal e da Galiza, em busca de uma Euro-região mais compacta. Recorde-se que a Maia é um dos 39 municípios que integram o Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular.
Desta reunião saiu a aprovação da criação de cinco comissões políticas (comissão de regeneração urbana, inovação, sustentabilidade, economia e política social) para alavancar o desenvolvimento da euro-região, preparando-a para o futuro pós-pandémico.
O Eixo aprovou também um orçamento operacional para 2021 de 4 milhões de euros, 84% destinado a programas de desenvolvimento conjunto.
“É uma nova era para o Eixo Atlântico. Levamos 28 anos de cooperação transfronteiriça e consideramos necessário dar o próximo passo. Somos um sistema urbano conjunto, com cidades que já convivem. Abandonamos a cooperação transfronteiriça e avançamos para o desenvolvimento local conjunto, sem fronteiras”, explica o presidente do Eixo Atlântico e presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio.
“Somos um sistema urbano único na Europa, ainda hoje, de cidades e vilas de dois países. Trabalhamos numa estratégia que busca um desenvolvimento social-económico baseado na inovação, sustentabilidade e solidariedade social”, explica Lara Méndez, vice-presidente do Eixo e Alcaldesa do Concello Lugo.