A embaixadora da Ucrânia em Portugal, Maryna Mykhaylenko, lamentou o desaparecimento de Alexei Navalny, marcando dois anos de guerra na Ucrânia, e criticou o Kremlin pela sua morte, destacando a importância do apoio ocidental.
Na semana que marca o segundo aniversário do início da guerra em território ucraniano, a embaixadora da Ucrânia em Portugal, Maryna Mykhaylenko, concedeu uma entrevista à Antena 1, onde lamentou profundamente o desaparecimento de Alexei Navalny, principal opositor de Vladimir Putin, classificando o acontecimento como uma grande perda para a população russa e uma clara demonstração das intenções beligerantes do Kremlin.
Mykhaylenko expressou preocupações específicas em relação à demora do Congresso dos Estados Unidos em aprovar o pacote de ajuda financeira destinado a Kyiv, enfatizando a importância do suporte dos países ocidentais neste momento crítico. A embaixadora sublinhou a dificuldade de se alcançar soluções diplomáticas para o término da guerra, apelando para que o apoio internacional à Ucrânia continue.
Durante a entrevista, a diplomata ucraniana destacou a cooperação estabelecida com o Governo e com os partidos políticos em Portugal, expressando confiança de que essa colaboração se manterá após as eleições legislativas de 10 de março.
No que diz respeito à situação dos refugiados, Mykhaylenko revelou que aproximadamente dois mil indivíduos que haviam procurado refúgio em Portugal retornaram à Ucrânia. Este regresso deve-se a várias razões, incluindo fatores económicos e o desejo de estar próximo da família, especialmente considerando que os homens estão impedidos de deixar o país, o que motivou muitas mulheres, crianças e jovens a voltarem.
A entrevista acontece num momento simbólico, às vésperas do segundo aniversário do início do conflito no leste da Europa.